sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sete fumantes passivos morrem por dia no País

Pelo menos sete brasileiros que não fumam morrem a cada dia por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco. De acordo com o estudo "Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população urbana no Brasil", realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo menos 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil. É a primeira vez que um estudo desse gênero é realizado no País.

Segundo a pesquisadora Valeska Figueiredo, "esse número é conservador" porque a pesquisa estimou a proporção de óbitos considerando apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e acidentes vasculares cerebrais. O objeto do estudo foi a população adulta, acima de 35 anos, e de 15 capitais do Brasil.

Ficaram de fora dessa estimativa pelo menos 40% dos óbitos, que acontecem na área rural, e outras causas de morte possivelmente associadas ao fumo passivo, como a síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas. Também não entraram na pesquisa os abortos provocados pelo tabagismo e morte súbita na infância.

Fonte: INCA

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Proibição de Fumar

Proibição de fumar é um regulamento interno ou uma lei relativa ao tabaco pelo qual se restringe o uso de tabaco em locais determinados, devido à proteção da saúde de não-fumadores, vítimas de tabagismo passivo.

A primeira proibição de cigarro pública conhecida na história parte do Papa Urbano VII que, em seu curto reinado papal de apenas 13 dias, baniu o ato de fumar em igrejas e, sobretudo, ameaçou os fumantes de excomunhão.

sábado, 25 de outubro de 2008

M A C O N H A


Sinônimos: HASHISH; BANGH; GANJA; DIAMBA; MARIJUANA; MARIHUANA THC (TETRAHIDROCANABINOL)


Um pouco de história

A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificamente de Cannabis sativa. Em outros países ela recebe diferentes nomes como os já mencionados. Ela já era conhecida há pelo menos 5.000 anos, sendo utilizada quer para fins medicinais quer para "produzir risos". Talvez a primeira menção da maconha na nossa língua tenha sido um escrito de 1.548. Até o início do presente século, a maconha era considerada em vários países, inclusive no Brasil, como um medicamento útil para vários males. Mas também eram já utilizadas para fins não médicos por pessoas desejosas de sentir "coisas diferentes", ou mesmo utilizavam-na abusivamente. Conseqüência deste abuso, e de certo exagero sobre os seus efeitos maléficos, a planta foi proibida em praticamente todo mundo ocidental, nos últimos 50-60 anos. Mas atualmente, graças às pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anti-câncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia (doença que se caracteriza por convulsões ou "ataques"). Entretanto, é bom lembrar que a maconha (ou as substâncias extraídas da planta) tem também efeitos indesejáveis que podem prejudicar uma pessoa.

O THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância química produzida pela própria maconha, sendo o princípio responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Esta variação nos efeitos depende também da própria pessoa que fuma a planta: todos nós sabemos que há grande variação entre pessoas; de fato, ninguém é igual a ninguém! Assim, a dose de maconha que é insuficiente para um pode produzir efeito nítido em outro e até uma forte intoxicação num terceiro.

Efeitos da maconha

Para bom entendimento é melhor dividir os efeitos que a maconha produz sobre o homem em físicos (ação sobre o próprio corpo ou parte dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos físicos e psíquicos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se considera, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos). Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca (xerostomia) e o coração dispara de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou até mesmo mais (taquicardia).
Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas os efeitos são: uma sensação de bem-estar, acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilaridade). Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando. É o que comumente chamam de "má viagem" ou "bode".

Há ainda evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo na memória e atenção. Assim sob a ação da maconha a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo tendo a sensação que se passaram horas quando na realidade foram alguns minutos; um túnel com 10 metros de comprimento pode parecer ter 50 ou 100 metros.
Quanto aos efeitos na memória eles se manifestam principalmente na chamada memória de curto prazo, ou seja, aquela que nos é importante por alguns instantes. Pessoas sob esses efeitos não conseguem, ou melhor, não deveriam executar tarefas que dependem da atenção, bom senso e discernimento, pois, correm riscos de prejudicar outros e/ou a si próprio. Como exemplo disso: dirigir carro, operar máquinas potencialmente perigosas.

Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até às alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações. Delírio é uma manifestação mental pela qual a pessoa faz um juízo errado do que vê ou ouve; por exemplo. Sob ação da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma ambulância e julga que é a polícia que vem prendê-la; ou vê duas pessoas conversando e pensa que ambas estão falando mal ou mesmo tramando um atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguição (delírios persecutórios) pode levar ao pânico e, conseqüentemente, a atitudes perigosas ("fugir pela janela", agredir as pessoas conversando em "defesa" antecipada contra a agressão que julga estar sendo tramada). Já a alucinação é uma percepção sem objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou vê duas pessoas conversando quando não existe quer a sirene quer as pessoas. As alucinações podem também ter fundo agradável ou terrificante.

Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior monta. De fato, com o continuar do uso, vários órgãos do nosso corpo são afetados. Não é difícil imaginar como irão ficar estes órgãos quando passa a receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como é o tabaco comum. Esta irritação constante, leva, a problemas respiratórios (bronquites), aliás, como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumaça de maconha contém alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno. Outro efeito físico (indesejável) do uso crônico da maconha refere-se à testosterona. Esta é o hormônio masculino; como tal confere ao homem maior quantidade de músculos, a voz mais grossa, a barba, também é responsável pela fabricação de espermatozóides pelos testículos. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona. Conseqüentemente o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (oligospermia) o que leva a uma infertilidade. Ou seja, o homem terá mais dificuldade de gerar filhos. Este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a planta. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual; ele fica somente com uma esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.
Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da maconha interfere com a capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir um estado amotivacional, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e sem importância. Este efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar o uso de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor.

Finalmente, há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente (a pessoa consegue "se controlar") ou a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença, isto é, a pessoa não consegue mais "se controlar" ou neutraliza o efeito do medicamento passando a apresentar de novo os sintomas da doença. Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.

Em um levantamento feito entre os estudantes de 1º e 2º graus das dez maiores cidades do país, em 1997, 7,6% declararam que já haviam experimentado a maconha e 1,7% declararam fazer uso de pelo menos 6 vezes por mês.
RESUMO

A maconha é pior que o cigarro. A longo prazo é dez vezes mais cancerígena que o tabaco.

A maconha tem 60% de substâncias altamente cancerígenas a mais que o tabaco: o benzantreceno e o benzopireno.

A maconha pode causar as mesmas doenças provocadas pelo tabaco, além de infecções generalizadas.

Seu uso prolongado pode ocasionar a sindrome amotivacional - a anulação da personalidade. A síndrome amotivacional consiste na falta de motivação para efetuar qualquer tarefa, desejos e anseios pessoais.

Uma pessoa que tenha problemas cardíacos pode ter um acidente cárdio vascular fatal - quando não suportar alteração excessiva dos batimentos cardíacos, provocada pelo THC - Tetrahidrocanabiol - substância ativa da maconha.

O THC atinge linfócitos, dimimuindo a atividade imunitária do organismo.

O THC em altas doses e longos períodos de uso, pode apresentar disturbios mentais tais como:

dificuldade de concentração, perda de memória e prejuízo da habilidade matemática.

O THC impede a síntese do DNA, que é material genético essencial para o metabolismo celular.

O THC interfere diretamente na produção, transmissão e armazenamento de transmissores - que são mensageiros químicos dos impulsos nervosos entre bilhões de células nervosas - componentes do cérebro e a medula espinhal.

A maconha vicia e provoca dependência psíquica - a dependência psíquica dificilmente mata, mas pode trazer sofrimentos tão intensos quanto a dependência física. Com base num levantamento, feito para saber quantos se viciam após experimentarem drogas, ficou constatado que 50% dos que provaram maconha ficaram viciados - (Içami Tiba).

A maconha provoca alterações eletro-encefalográficas, lentificando as ondas cerebrais.

A maconha diminui o mecanismo de rastreamento visual.

A maconha aumenta o tempo de resposta a um estímulo recebido.

A maconha prejudica (e aí faz perder) a noção de tempo e de espaço.

A maconha prejudica a noção de velocidade.

A maconha pode produzir ilusões, alucinações e delírios.

A maconha pode provocar ginecomastia no rapaz (desenvolvimento dos mamilos, próximos ao nível feminino).

Do ponto de vista social, as mais graves consequencias da maconha são: a diminuição da capacidade de manter relacionamentos afetivos e a diminuição da capacidade de estudo e trabalho.

O uso prolongado da maconha pode provocar uma redução no tamanho e peso da próstata e testículos, uma diminuição de testosterona e uma diminuição de espermatozóides. Na mulher pode trazer alterações hormonais, chegando até a inibição da ovulação. Tais alterações são reversíveis quando o uso é interrompido.

Estrutura Química

A Canábis contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais destacam-se pelo menos 60 “canabinóides”, que são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos. Canabinóides Psicoativos - Os principais canabinóides psicoativos são o Delta-8-THC, Delta-9-THC.
Delta-9-THC - O Delta-9-tetrahidrocanabinol (Delta-9-THC) é o mais abundante e potente destes compostos, sendo o principal responsável pelos efeitos psicoativos e propriedades reforçadoras dos canabinóides.

Concentração Tóxica

A concentração tóxica de Delta-9-THC é estimada em torno de 20 a 30mg. Normalmente a concentração de Delta-9-THC nos cigarros ou “baseados” varia entre 2,5 a 20mg. Portanto, ao considerarmos que um cigarro contém 500mg de maconha (ou seja, 5mg de Delta-9-THC) serão necessários 4 a 8 cigarros por dia para atingir-se os efeitos tóxicos. Um cigarro de maconha com 250 a 500 mg é capaz, dentro de 15 minutos, de produzir uma intoxicação moderada.

Fonte: CEBRID

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

T A B A G I S M O

Nicotina tabacum

Há aproximadamente 1,1 bilhão de fumantes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), matando mais que o álcool e drogas ilegais. O fumo é o maior responsável pelas faringites, bronquites, faltas de apetite, tremores, perturbações da visão, diversos tipos de câncer, sobretudo do pulmão e doenças cardiovasculares como a angina do peito e o enfarte do miocárdio. Além do câncer do pulmão, de que o fumo é maior causador, produz bronquite crônica, enfisema pulmonar, coronariopatias, úlceras do estômago e do duodeno, câncer da língua, da faringe, do esôfago e da bexiga. A ação da nicotina é exercida pelo sistema sobre o sistema parassimpático e simpático e pela liberação de adrenalina e influi na diminuição do consumo do oxigênio e, além de prejudicar o organismo em geral, vai diretamente ao cérebro, coração e circulação.

Apenas um cigarro é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. E a fumaça de um cigarro, é o bastante para contrair os vasos capilares das pernas e dos pés.

O fumante sofre, em cada trago, endurecimento das artérias, fazendo o coração trabalhar mais depressa, enquanto os pulmões absorvem monóxido de carbono, amônio, ácido carbônico, piridina e substâncias alcatroadas que passam a circulação do sangue. O monóxido de carbono também origina dores de cabeça; o amônio irrita as narinas e a garganta, a piridina irrita os brônquios e as substâncias alcatroadas engrossam a língua, sujam os dentes e determinam câncer na boca e na língua.A nicotina, em si, diminui a vitalidade do fumante e de seus filhos.
A fumaça do cigarro provoca uma reação violenta nos centros nervosos, produzindo a degeneração das células do cérebro.

Uma vez que o hábito de fumar conduz o viciado a um estado de intoxicação crônica e o leva a uma dependência física e psíquica, o fumante sente dificuldade em abandoná-lo.

A nicotina é um dos venenos mais ativos. À nicotina e ao alcatrão deve-se a maior soma de males acarretados aos fumantes. O fumante médio absorve nos pulmões mais de um litro de alcatrão por ano.

Os venenos do fumo agem no organismo pelas vias respiratórias e pelas vias digestivas. Pelas vias respiratórias, através da traquéia e brônquios, por onde chegam aos pulmões, onde são absorvidos e conduzidos ao sangue e, por este, a todos os demais órgãos. A nicotina, por intermédio da circulação, excita as glândulas supra-renais que segregam mais adrenalina. Conduzida ao sangue, provoca contração das paredes arteriais, ocasionando espasmos das artérias. É assim que o fumo aumenta a pressão arterial, favorece problemas coronários e cardiovasculares. Pelas vias digestivas, boca, estômago e intestinos, parte dos venenos do fumo dissolvem-se na saliva e é conduzida ao estômago, ocasionando a diminuição da secreção gástrica, dificultando a digestão, diminuindo o apetite e predispondo o fumante à úlcera gastroduodenal. Do aparelho digestivo os venenos do fumo são conduzidos ao sangue e aos diversos tecidos do corpo.

No fígado, grande parte da nicotina é transformada em ácido úrico, ocasionando o surgimento do reumatismo e da gota.

Alguns prejuízos do hábito de fumar:

-> Entorpecimento mental;

-> Inflamação do estômago;

-> Ineficiência física;

-> Tosse;

-> Angina do peito;

-> Gangrena;

-> Doações de Sangue;

-> Visão, entre outros.

(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

O que está comprovado sobre a fumaça ambiental do tabaco:

-> é inalada, absorvida e processada por não-fumantes;

-> é quimicamente similar a fumaça inalada pelo fumante, contém substâncias que causam câncer;

-> pode causar câncer e lesões genéticas (que originam câncer) em animais de laboratório;

-> está associada a problemas cardíacos;

-> causa problemas respiratórios em crianças de até 18 meses;

-> retarda o desenvolvimento fetal;

Substâncias da Fumaça do Cigarro

Quando cigarros industrializados ou de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são acesos, algumas substâncias são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo ambiente. Essas substâncias são nocivas à saúde.

Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, com baixos teores (light, exta-light) etc. tem uma composição semelhante, não havendo, portanto cigarros "saudáveis" ou cachimbos e charutos que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com menores teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa redução, fumando mais cigarros por dia e tragando mais freqüente ou profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em conseqüência da dependência à nicotina.

A fumaça do cigarro é uma mistura de cerca de 4,5 mil elementos diferentes. Ela é formada pelos seguintes componentes:

Nicotina - considerada droga pela OMS. Sua atuação no sistema nervoso central é como a da cocaína, com uma diferença: chega entre 2 e 4 segundos mais rápido ao cérebro que a própria cocaína. É uma droga psicoativa, responsável pela dependência do fumante. É por isso que o tabagismo é classificado no Código Internacional de Doenças (CID - 10) como grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas. A nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, acelerando a freqüência cardíaca, com conseqüente vasoconstrição e hipertensão arterial. Provoca uma maior adesividade plaquetária, e juntamente com o monóxido de carbono leva à arteriosclerose. Contribui assim para o surgimento de doenças cardiovasculares. No aparelho gastrointestinal, a nicotina estimula a produção de ácido clorídrico, podendo levar ao aparecimento de úlcera gástrica. Também estimula o sistema parassimpático, o que pode causar diarréia. A nicotina libera substâncias químicas e tóxicas, que vão atrair para o pulmão os leucócitos neutrófilos polimorfonucleares, a maior fonte de elastase, que destrói a elastina e provoca o enfisema pulmonar (Orleans e Slade, 1993; Rosemberg, 1996).

Monóxido de Carbono (CO) - tem afinidade com a hemoglobina (HB) contida nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para os tecidos de todos os órgãos do corpo. A ligação do monóxido de carbono com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a arteriosclerose.

Alcatrão - composto de mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas que incluem o arsênico, níquel, benzopireno e cádmio. Carcinogênicas são substâncias que provocam câncer como resíduos de agrotóxicos nos produtos agrícolas, como o DDT, e até substâncias radioativas, como é o caso do polônio 210.

Vale ressaltar que as substâncias da fumaça do cigarro têm efeitos sobre a saúde do fumante, mas também sobre a saúde do não-fumante, exposto à poluição do ambiente causada pelo cigarro.

Cigarros de Baixos Teores

O modo de fumar é determinado pela necessidade do fumante em consumir nicotina (que lhe traz a sensação de satisfação). Os fumantes utilizam artifícios para alcançar tal sensação ao fumarem cigarros com teores baixos, dando tragadas mais profundas. Assim, aumentam o número de tragadas por cigarros, aumentam o número de cigarros fumados e bloqueiam os orifícios de ventilação dos filtros para aumentar a concentração de fumaça inalada durante a tragada.

Esses artifícios são conhecidos como compensação e, tem sido, extensivamente, documentados na literatura científica, sendo bem conhecidos da indústria do tabaco há mais de 20 anos. Testes demonstram que, em "condições de fumo realísticas", existe uma diferença muito pequena entre os cigarros denominados "light" e os comuns. Na verdade, eles podem até produzir quantidades maiores de alcatrão, nicotina e monóxido que os cigarros tradicionais testados.

Um estudo realizado na Inglaterra por Kozlwski et al. (1999) demonstrou que 58% dos filtros de cigarros examinados apresentavam sinais de bloqueio significativo e 19% sinais de bloqueio total. A partir dos resultados de uma pesquisa realizada em 1998, a ASH e The Observer mostraram que os cigarros com baixos teores podem propiciar os mesmos mecanismos compensatórios antes citados.

Por mais que a indústria do fumo afirme que realiza pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos alternativos, na verdade, ela estuda produtos e formas de distribuir a nicotina em dispositivos que contenham menos teor de determinadas substâncias, como o alcatrão, por exemplo, e mantendo a nicotina, que causa a dependência.

(Jornal Ação - APOT)

Lutando contra o cigarro

Muitos tabagistas tentam parar de fumar sozinhos. A seguir algumas dicas possíveis de ser aplicada por qualquer pessoa para que seja obtido um melhor resultado. São para dificultar o gesto automático de fumar, tornando-o consciente:

-> Ter certeza de que quer fumar e não simplesmente acender um cigarro automaticamente, ou seja, pensar muito bem se de fato precisa fumar ou se pode deixar para mais tarde.

-> Parar de comprar cigarros.

-> Não comprar um maço, de modo algum, enquanto não acabar o último cigarro, mesmo que seja na boca da noite ou na véspera de uma viagem.

-> Quando não tiver cigarro, evitar ficar catando “bitucas”.

-> Não ter fósforo, isqueiro, fogo por perto.

-> Desfazer-se do isqueiro. O "som" (ruído) característico obtido ao se abrir um determinado isqueiro também pode ser prazeroso.

-> Jogar cinzeiro fora para dificultar o trabalho na hora de bater as cinzas em lugar adequado.

-> Colocar o maço de cigarros num lugar que lhe dê trabalho quando for pegá-lo; não andar com o maço no bolso nem deixá-lo na cabeceira, na escrivaninha, etc.

-> Se possível, colocar o maço em outro ambiente.

-> Não acender o cigarro somente porque você ficou com vontade ao ver alguém acendendo ou fumando um.

-> Demorar o máximo possível com o cigarro na mão antes de acendê-lo.

-> Dar no máximo três tragadas de cada cigarro, mesmo que o jogue fora quase inteiro (nicotina a menos).

-> Envergonhar-se de fumar.

-> Questionar se vale a pena fumar, mesmo que corra o risco de morrer como

-> Aquele parente que teve dores, permaneceu acamado, emagreceu, fez radioterapia, ficou feio, fez a família sofrer, gastou o que tinham e acabou........ falecendo.

-> Lembrar que nas escolas o cigarro é proibido pela Lei 9760/97.

Se essa luta íntima contra o cigarro não der certo, ainda há muitas esperanças de cura para esse vício. Psicoterapias, grupos de auto-ajuda e recursos médicos, como nicotina em adesivos e antidepressivos, são os meios mais eficazes.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

Dez razões para parar de fumar

1. Após 6 horas sem fumar, a pressão e o coração se normalizam. Após 30 dias, estão completamente normais;

2. Após 1 dia sem cigarro, o pulmão funciona melhor;

3. Após 2 dias sem fumar, o olfato e o paladar sofrem uma significativa melhora;

4. Após 3 semanas, os exercícios físicos ficam mais fáceis de serem executados;

5. A circulação sanguínea melhora após 2 meses sem cigarro;

6. Após 3 meses, o número de espermatozóides normaliza e há um significativo aumento em sua qualidade;

7. Após 1 ano o risco de problemas cardíacos está reduzido;

8. Após 5 anos sem fumar, o risco de problemas no coração são iguais aos de uma pessoa que nunca tenha fumado;

9. Dentes, mãos e pele clareiam após o término do vício;

10. Aumento da qualidade de vida, disposição e humor.

(Revista Cyber Mondo Ciência e Tecnologia - Ano1 nº2)

Fumo e doenças cardiovasculares

-> Fumar aumenta o risco de doenças coronárias como angina no peito e infarto do miocárdio;
-> Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos
-> Aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais orais;
-> Aumenta o risco de insuficiência vascular periférica, causando má circulação nas pernas e impotência sexual.

Fumo e doenças neurovasculares

Fumar triplica o risco de derrame cerebral (acidente vascular cerebral - AVC).

Fumo e câncer

O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer na:

-> boca, faringe, laringe e traquéia;

-> pulmões - risco 12 a 20 vezes maior;

-> esôfago, estômago;

-> rins, bexiga, colo do útero, etc.

Fumo e doenças respiratórias

Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios como:

-> tosse, chiado e falta de ar;

-> bronquite crônica e enfisema;

-> causa 90% da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aumenta seu risco em 10 vezes;

-> laringite (rouquidão); - infecções das vias respiratórias; - crise de asma;

Fumo e pele

Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas

Fumo e gravidez

Fumar aumenta o risco de infertilidade e de complicações da gravidez.
A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no período perinatal.

Fumar reduz a expectativa de vida

A chance de viver até os 73 anos é de 42% em fumantes e 78% em não-fumantes

Fumar prejudica o tratamento de doenças

Como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência cardíaca, bronquite, enfisema e asma.

Fumar aumenta as complicações pós-operatórias

Especialmente em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas ou respiratórias.

Fumo Passivo

As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados, inalam mais de 400 substâncias que podem prejudicar a saúde. O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio. As crianças que convivem com pais fumantes têm maior risco de infecções respiratórias, bronquiolites, asma, otites e infecções de garganta (amigdalites).

Cigarro e Gravidez: Parceria Perigosa

As mulheres têm um motivo a mais para deixar de fumar: durante a gravidez, esse hábito pode fazer imenso mal ao feto. Quando a mãe fuma durante a gestação, o bebê recebe as substâncias tóxicas do cigarro por meio da placenta. A nicotina provoca o aumento do batimento cardíaco do feto, e a criança pode nascer com peso reduzido, menor estatura e alterações neurológicas importantes. Isso sem falar que a gestante tem um risco aumentado de sofrer um aborto espontâneo, entre outras implicações ao longo dos nove meses. Para piorar o quadro, durante a amamentação, as substâncias tóxicas continuam sendo transmitidas ao bebê via leite materno.

Portanto, mulheres, procurem abandonar o cigarro logo agora, porque depois de já estarem grávidas a luta contra o tabaco fica ainda mais difícil. Porém é fundamental.
Fonte: Revista Documento Verdade, Ano1, Nº03, Pg.32. Editora Escala.

Correlatos Psicossociais do Tabagismo

Correlatos Sociais

No mundo desenvolvido, particularmente nos países onde há campanhas/políticas antifumo bem organizadas, o tabagismo é estreitamente relacionado com a situação socioeconômica, sendo mais prevalente entre pobres, trabalhadores braçais semiqualificados, desempregados, indivíduos com baixos níveis culturais e mães solteiras. Além disso, essa demarcação entre os grupos sociais está se acentuando: nas últimas 3 décadas a prevalência do tabagismo caiu mais de 50% nas classes mais elevadas da sociedade britânica, mas permaneceu imutável nos grupos mais desvalidos. De modo semelhante, os índices de cessação do tabagismo no Reino Unido mostram grande relação inversa com a privação social.

Correlatos Psiquiátricos

A depressão é um fator importante de risco de dependência de nicotina. Nos fumantes é maior a prevalência de história de depressão significativa e, nesses casos, a probabilidade de cessação do tabagismo é menor do que nos indivíduos sem história de depressão. Sugeriu-se que a associação entre depressão e tabagismo pode ser devida a uma predisposição genética comum às duas doenças. Outros fatores de risco da dependência de nicotina incluem esquizofrenia (70 a 90% dos esquizofrênicos são fumantes) e abuso de múltiplas drogas, particularmente álcool, cocaína e heroína.
Assim, é provável que a maioria que continua fumando é composta por aqueles com problemas psiquiátricos ou sociais. Além disso, é provável que esses fumantes sejam mais dependentes do tabaco e menos interessados em abandoná-lo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Maconha não é uma droga segura, na verdade é uma droga muito perigosa

Estudos científicos mostram que a maconha é uma droga prejudicial. Novas pesquisas ligam o uso da maconha à:

- Afeta o feto em gestantes

- Câncer de Pulmão

- Síndrome Amotivacional

- Mudanças de comportamento

- Depressão

- Fatiga

- Problemas de memória

- Hipersensibilidade à crítica

- Baixo rendimento escolar

- Confusão ou prejuízo mental

- Desempenho academico baixo

- Surtos de raiva

- Ataques de pânico

- Hostilidade com falta de remorso

- Conduzindo quando danificado

- Acidentes

Fonte: councilonalcoholism.net

Os malefícios da Maconha

"A maconha reduz a defesa das pessoas às doenças. E mesmo consumida em doses mínimas, pode prejudicar a capacidade de dirigir, pois ataca a concentração, atenção e juízo dos motoristas, diminuindo as faculdades de percepção e movimento. A probabilidade de que os usuários experimentam outras drogas é grande. Entre elas o haxixe, alucinógenos, anfetaminas, barbitúricos e heroína. Apesar de por si só não levar às demais a maconha age como ponte. A maconha associada ao álcool prejudica física e psicologicamente. Um mal que ataca milhares de pessoas em todo o mundo. É muito difícil que o consumo de maconha seja legalizado. Porque junto com tabaco (fumo) e álcool, corre-se o risco de se criar uma sociedade de doentes físicos e mentas."

Princípio Ativo

A maconha é uma erva de nome científico Cannabis sativa que, dependendo das condições de cultivo, pode sintetizar uma porcentagem maior ou menor de uma substância denominada THC, ou tetrahidrocanabinol, que é a principal responsável pelos efeitos da droga no organismo humano.

A forma de consumo varia desde a inalação de sua fumaça por meio de cigarro ou incensos. Pode ser também ingerida sob forma de chá ou comprimido. Os usuários fumam em cigarros feitos artesanalmente pelos próprios consumidores ou com a ajuda de objetos como cachimbos.

Efeitos

Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, à concentração de THC na erva consumida e à reação do organismo do consumidor com a presença da droga.

Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 por minuto para 120 - 140 batidas por minuto).

Com o uso contínuo, alguns órgãos como o pulmão passam a ser afetados mais seriamente pela maconha. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão, presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.

O consumo de maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino que é responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.

Os efeitos psíquicos são os mais variados, sendo que a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são um bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.

Em um longo prazo, o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.
Histórico

A maconha, como a maioria das drogas, tem seus primeiros indícios há mais de cinco mil anos, quando povos como os chineses e persas usavam a droga como incenso em cerimônias religiosas. Era também utilizada como recompensa para mercenários, para fins medicinais.

Seu uso na medicina perdurou até o início do século XX, quando a droga passou a ser consumida apenas para alterar o estado mental do usuário.

No Brasil, a droga também foi muito utilizada, no século passado, como medicamento para vários males, mas devido ao crescente número de usuários que passaram a consumir a droga abusivamente e para fins não medicinais, ela foi proibida. Em todo o Ocidente a droga foi proibida na década de 40.

Nos anos 70, os hippies começaram a usar a maconha não só para alterar seu estado mental, mas também como uma demonstração de protesto contra o sistema social e político vigente na época.

Não use DROGAS! Você não precisa de DROGAS para ser feliz!

Fonte: Revista Decisão - Edição Especial

domingo, 19 de outubro de 2008

Adeus, cigarro: é hora de pensar na saúde!


Coração mais forte

"Quem vê cara não vê coração", diz o ditado popular, totalmente verdadeiro no caso do cigarro. A maioria dos fumantes não imagina que as conseqüências do fumo sobre o aparelho circulatório são devastadoras. Ao dar uma tragada, há um imediato aumento dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e constrição dos vasos, o que obriga o coração a exercer maior esforço para bombear o sangue. Com o tempo, eleva-se a probabilidade de desenvolvimento de doenças coronarianas, como angina, infarto, derrame, espasmo, arritmia cardíaca e morte súbita. Não é demais lembrar que quase todas as pessoas com até 35 anos que sofrem infarto são fumantes.

"A quantidade de cigarros consumidos e os anos que a pessoa levou fumando vão determinar a freqüência e a extensão desses males", explica o Dr. Marcos Fábio Lion, cardiologista, fundador e ex-presidente da Sociedade Paulista de Cardiologia. "E o risco de desenvolvimento de uma doença cardiovascular em fumantes é igual para homens ou mulheres, mas se agrava na mulher quando ela toma anticoncepcionais", alerta o Dr. Lion.

Quando se pára de fumar, o risco de infarto decresce rapidamente nos primeiros cinco anos, caindo 50% logo no primeiro ano. Para quem consumia menos de 20 cigarros diários, a chance de infarto se iguala às de não-fumantes no final de 10 anos. Porém, para os fumantes de mais de 20 cigarros por dia, serão necessários 15 anos de abandono do vício para ter as mesmas chances de uma pessoa que nunca fumou.

Menor risco de doenças graves

Quem não gostaria de ganhar longevidade com boa saúde?

Abandonar o cigarro é um grande passo para evitar doenças relacionadas ao tabagismo, tais como câncer (da boca, da faringe, da laringe, do esôfago, do pâncreas, do estômago, do rim e da bexiga), derrame cerebral (acidente vascular), úlcera péptica (no estômago e no duodeno), osteoporose e gangrena da perna (trombangeíte obliterante). Em mulheres, ocorrem ainda muitos casos de câncer do colo do útero.

De um modo geral, pode-se afirmar que o cigarro ocasiona grande número de óbitos pelas doenças tabaco-associadas diretas e por mais de uma dezena de outras moléstias que surgem de forma indireta. Ou seja, o tabagismo diminui a expectativa de vida, e o risco de morrer cresce na razão inversa da idade em que se começou a fumar, sendo proporcional à quantidade de cigarros fumados.

E mais, as conquistas da medicina e de melhores condições sociais, que visam ao aumento da vida média, estão sendo de certo modo anuladas pelo tabagismo.

Mais saúde para os filhos

A saúde de seus filhos pode estar em suas mãos. Pesquisas comprovam que filhos de pais fumantes têm a mesma chance de desenvolvimento das doenças relacionadas ao tabaco. Em gestantes, as substâncias tóxicas do cigarro passam do pulmão para o sangue e daí para a placenta, lesando-a, e vão parar no feto. Há então maior risco de descolamento da placenta e de aborto, e para o bebê, que recebe menos oxigênio, a possibilidade de nascer com peso inferior ao normal. Muitos filhos de mães fumantes também nascem com defeitos congênitos (lábios leporinos, estrabismo) e podem ter morte súbita. Além disso, as crianças correm risco de nascer com defasagem de QI para habilidades gerais, compreensão da matemática e da leitura.

Pele bonita e viçosa por mais tempo

Se você sonha com isso, abandone já o cigarro. A oxigenação dos tecidos é prejudicada pela nicotina, um dos muitos venenos presentes no cigarro (são mais de 4 mil substâncias tóxicas, entre as quais, quarenta cancerígenas). Como conseqüência, é acelarada a destruição do colágeno, fibra que dá sustentação à pele e o resultado é a flacidez e a formação precoce de rugas. Além disso, o cigarro rouba a vitamina C do organismo ajudando na formação dos radicais livres, moléculas de oxigênio que "enferrujam" as células e, entre outros males, são responsáveis pelo envelhecimento do corpo.


Redescoberta dos prazeresdo paladar e do olfato

Um cigarro antes do jantar, um outro enquanto espera a sobremesa e mais um após o cafezinho. Será que você notou como estava saboroso aquele assado ou sentiu o delicioso aroma de frutas daquela torta? O fumo e a alta temperatura da fumaça alteram o funcionamento das papilas gustativas e o mecanismo do olfato, diminuindo a capacidade de distinguir cheiros e sabores. Saiba que 48 horas após o abandono do cigarro já dá para sentir mais prazer à mesa.

Boa forma física e mental

Muitos fumantes, por medo ou como desculpa, alegam que vão engordar se pararem de fumar. Na verdade, a chance de engordar existe, principalmente para as pessoas de vida sedentária, mas nem todos aumentam de peso depois que abandonam o cigarro. Os médicos costumam aconselhar a ex-tabagistas que façam exercícios de duração prolongada, mas de baixa intensidade, depois, é claro, de um exame das condições do coração. O mais indicado é a caminhada de 40 minutos a uma hora, ou, para os mais resistentes, natação, hidroginástica, bicicleta e até aeróbica de baixo impacto. Também é oportuno consumir mais líquidos, frutas, verduras e legumes, principalmente os ricos em vitaminas A, C e E, que ajudam o organismo a neutralizar o perigo das substâncias tóxicas deixadas pelo fumo e, de quebra, seguram os ponteiros da balança. Todo esse esforço ajuda a manter a boa forma física e mental, afastando o fantasma do estresse.

Recuperação do fôlego

Que o cigarro diminui a capacidade respiratória é fato bastante conhecido. O que poucos sabem é que esse problema pode ser revertido: com apenas 8 horas sem fumar a quantidade de monóxido e dióxido de carbono presentes na corrente sangüínea cai a níveis normais e o volume de oxigênio sobe proporcionalmente. Resultado: em cerca de 48 horas, um ex-fumante já terá mais facilidade para caminhar e em três meses poderá subir dois lances de escada sem ficar ofegante.

Mas os traumas provocados pelo tabaco no pulmão podem ser irreversíveis. A fumaça do cigarro leva para o interior do pulmão substâncias altamente tóxicas como butano (combustível de isqueiro), benzeno (solvente químico), metropeno (inseticida), amônia (produto de limpeza), polônio 210 (lixo nuclear) e cetona (removedor de esmalte). São mais de 4 mil substâncias, 40 das quais comprovadamente cancerígenas, que lesam as células e podem conduzir a várias doenças, como o grave e fatal enfisema pulmonar. E a capacidade funcional das vias aéreas diminui rapidamente – jovens com idades entre 18 e 20 que se tornaram fumantes com 14 anos já têm capacidade pulmonar equivalente à de um adulto na faixa dos 30 anos (a vitalidade do pulmão vai diminuindo com o tempo).

Em pessoas saudáveis, o volume de ar que o pulmão expira cai cerca de 25 ml por ano. Nas pessoas que fumam um mínimo de 10 cigarros por dia, esse volume cai 50 ml ao ano e se consomem um maço, sobe a 100 ml a perda anual.

Com capacidade funcional diminuída, os fumantes têm pulmão mais vulnerável a infecções e portanto estão sujeitos a mais resfriados, gripes, bronquites, pneumonias e até tuberculose. Não rendem bem no trabalho, tiram licenças médicas freqüentes e acabam aposentando-se precocemente.

Zonas de perigo

Em seu caminho pelo cropo,a fumaça tragada carrega consigo 4.720 substâncias tóxicas que vão produzir estragos na saúde muitas vezes irreparáveis. Em média, numa simples tragada uma pessoa inala de 2.000 a 2.500 delas. Na verdade, muitas das substãncias relacionadas ao tabaco e que prejudicam o organismo nem sequer existem no cigarro: são formadas através de enzimas no próprio corpo, como as várias responsáveis pelo desenvolvimento de muitos tipos de câncer.

A fumaça do cigarro aspirada pelo fumante é o composto que contém o maior número de substãncias tóxicas de que se tem notícia no mundo até hoje, segundo especialistas. Só o alcatrão reúne mais de 100 substâncias, que variam de acordo com o tipo de tabaco, a qualidade do cigarro, a maneira de fumar, entre outros aspectos. Porém, a grande vilã dessa história, responsável pelo vício, é a nicotina. Essa substância atua diretamente sobre o sistema nervoso central, provocando mais dependência física do que a cocaína ou a heroína, de acordo com estudos científicos.

Atualmente, a medicina tem catalogadas mais de vinte doenças que estatisticamente incidem em maior proporção em fumantes. Saiba exatamente quais as partes do corpo mais prejudicadas pelo cigarro:

Cérebro - A nicotina chega ao cérebro em sete segundos e se liga aos receptores das células, interferindo na transmissão de impulsos nervosos, o que provoca excitação do sistema nervoso.

Boca
- O calor da fumaça e o alcatrão atacam as mucosas da boca, tornando-a propensa ao câncer. Pesquisas comprovam que 92% dos tumores da cavidade oral estão diretamente relacionados ao fumo.

Laringe - esta região fica diretamente exposta a partículas e gases da fumaça do tabaco, portanto, com grande chance de desenvolvimento de câncer.

Esôfago - O fumo é responsável por cerca de 75% dos casos de câncer que surgem neste órgão, pois a região também sofre os efeitos diretos da fumaça.

Pulmão - O tabagismo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, um dos que mais mata no Brasil. O pulmão de um fumante absorve por tragada 400 ppm (partes por milhão) de monóxido de carbono, o que danifica seus tecidos e possibilita o surgimento de várias doenças como o enfisema pulmonar.

Brônquios - Muitos fumantes desenvolvem bronquite devido a substâncias contidas no cigarro, que irritam a mucosa brônquica. Com isso, diminuem as áreas onde ocorre a troca de oxigênio e a respiração torna-se difícil.

Alvéolos - Substâncias tóxicas do cigarro destroem as paredes dos alvéolos, provocando o enfisema pulmonar, isto é, diminuição da capacidade respiratória.

Coração - A nicotina provoca constrição dos vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e põe em risco o sistema cardiovascular. E o cigarro é responsável por 25% dos casos de infarto do miocárdio.

Sangue - O monóxido de carbono (CO) proveniente da fumaça do cigarro associa-se à hemoglobina (componente do sangue) formando um composto denominado carboxihemoglobina, que diminui a oxigenação dos tecidos de todo o corpo. Uma das consequências disso é o envelhecimento precoce da pelo.

Bexiga - Este órgão também é receptor de alcatrão e,outras substâncias cancerígenas do tabaco. O fumo é responsável por 45% dos casos de câncer neste região.

Como parar de fumar

Até o momento, não foi descoberta uma receita miraculosa para vencer a dependência do cigarro. Entretanto, os médicos costumam dizer uma frase que soa como mágica: "Se milhares de pessoas conseguiram parar de fumar, você também é capaz!" Todo fumante sabe, porém, que a luta não é fácil, e o que funcionou para alguns pode não ter o mesmo efeito em outros, mas o importante é tentar.

"Com a ajuda de um médico fica mais fácil", orienta o Dr. Lion. "O importante é que o fumante esteja decidido a parar com o vício, entenda a necessidade de abandonar o cigarro e o faça de forma consciente. As técnicas e métodos que prometem o fim do cigarro são apenas recursos que podem ser pouco ou muito úteis nessa batalha completa".

Quando a dependência da nicotina é alta, sua ausência provoca sintomas físicos como dor de cabeça, enjôo, ânsia de vômito, ansiedade e irritação. Para evitar que o viciado corra ao cigarro, existem produtos que oferecem pequenas doses de nicotina, livres de outros ingredientes tóxicos do tabaco. São adesivos, chicletes e sprays nasais, que devem ser utilizados sob estrita orientação médica.

Outros recursos são os medicamentos, à base de nitrato de prata, sulfato de cobre, permanganato de potássio e acetato de prata, que interagem com a fumaça do tabaco e produzem um gosto bastante desagradável na boca. São encontrados sob a forma de gomas de mascar ou líquidos para bochechos.

Tanto estes métodos quanto outros alternativos como laser, hipnose, acupuntura, programação neurolinguística e associações de fumantes anônimos podem ser grandes auxiliares na luta contra a dependência da nicotina, se a pessoa estiver mesmo disposta a parar de fumar.

Para quem já parou de fumar, um aviso essencial: uma simples tragadinha pode acabar com o esforço e abstinência de anos. A explicação para isso, segundo os médicos, é que a nicotina, de alguma forma ainda não compreendida pela medicina, abre certas "portas" no sistema nervoso, que ficam escancaradas para sempre. Um pouco de droga que volte a passar por elas e a dependência se reinstala.

Fonte: impacto.org

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

TUDO sobre a MACONHA

Legalização da maconha: uma bobagem fora de hora

por Fernando Souza Filho

07 de junho de 1999

Em julho de 95, A Rock Brigade debateu a legalização da maconha, que estava em voga na época por causa de projetos de lei no congresso e por causa da campanha pró-droga do Planet Hemp. Quase cinco anos depois, o assunto volta ao centro do debate por causa dos mesmos motivos.

É um assunto delicado, que envolve posições apaixonadas e, muitas vezes, desinformadas sobre o assunto. Porém, é preciso debater com toda a sociedade, pois isso vai envolver uma mudança profunda na cultura nacional. E como a discussão e o diálogo são essenciais à democracia, vamos lançar aqui um posicionamento polêmico, mas firme, a respeito da legalização da maconha: NÃO, NÃO e NÃO!

Mas, vamos discutir um a um dos pontos principais nessa batalha de idéias que tem sido travada entre as cabeças pensantes do país. Vamos às perguntas, mitos e afirmações que acabam se tornando o ponto de partida de qualquer discussão:

Deveria-se descriminar o usuário para que ele não seja preso?

Descriminar (e não "descriminalizar", por favor), talvez. Afinal, não é correto enfiar numa cela um jovem de 18 anos que estava fumando pela primeira vez. Na mesma cela pode estar um estuprador, um assassino ou algum vereador da Máfia das Regionais de São Paulo (não sei qual dos três é mais perigoso). O jovem poderia estar experimentando maconha apenas por curiosidade e vai sair da cadeia um bandido de verdade, talvez até disposto a se candidatar a vereador e assumir alguma Regional da capital paulista.

Por outro lado, há a questão da demanda de mercado: se não existissem jovens experimentando, não haveria traficantes vendendo. E é esse jovem quem sustenta toda a bandidagem, o narcotráfico, as guerras de traficantes nos morros cariocas e nas periferias paulistanas, além dos incontáveis crimes que ocorrem pelo controle de determinados pontos de venda de drogas.

O jovem de 18 anos de hoje em dia não é ingênuo como o dos anos 30 ou 40. Não pode alegar desconhecimento dos males que a droga traz - inclusive os males sociais. Portanto, ele precisa estar consciente que cada vez que compra um "bagulho" está sustentando, SIM, os criminosos que aterrorizam o país. Então, de uma certa forma, esse jovem não é nenhum INOCENTE nessa história e deve ser responsabilizado pelos seus atos.

Por outro lado, ser enfiado numa cadeia não vai consertá-lo e talvez até o torne um criminoso de fato. É uma discussão longa, mas com desfecho bem mais negociável do que os próximos pontos que vamos abordar.

Se o álcool e o cigarro são legalizados, por que não a maconha?

Simples: já temos problemas de saúde demais com álcool e cigarro para que possamos criar mais esse monstrengo pra saúde brasileira. Legalizar é dar força de lei a alguma coisa e, nem nos piores pesadelos do Ministro da Saúde, vai-se querer ter mais esse malefício devastando a saúde da população. Imagine o que se gasta anualmente por causa de doenças e acidentes causados pelo cigarro e pelo álcool. Agora, some-se a isso as doenças e os acidentes causados pela maconha legalizada. Nem Nostradamus previria tanto caos.

E os impostos que viriam com a legalização da maconha não ajudariam o país? Resposta categórica: NÃO. É exatamente o que ocorre com o cigarro: o que se paga de impostos é infinitamente inferior ao que se gasta nos hospitais com doenças ocasionadas pelo hábito nauseante de fumar. O mesmo vale pra maconha e pro álcool. Nos EUA, esse é o maior argumento dos legisladores antitabagistas.

Além do mais, existe coisa mais degradante do que alguém rindo que nem um palhaço por causa do efeito da maconha? Ou alguém caído na sarjeta, bêbado como um gambá? Ou o bafo horroroso de fumante (e não tem hortelã que dê jeito)?

Maconha não vicia.

Essa é a maior piada e a maior mentira que alguém pode inventar. A ingestão do tetra-hidro-canabinol (alcalóide liberado quando se fuma a Cannabis Sativa) altera a capacidade funcional do cérebro, facilita quadros de pânico e gera diversas reações desagradáveis. Aliando-se isso ao fato de a maconha ser lipossolúvel (solúvel em gordura, fica acumulada no organismo), é fácil perceber que a interrupção do uso pode gerar a síndrome de abstinência. Obviamente, essa síndrome é camuflada pelo fato de as substâncias continuarem agindo sobre o organismo mesmo depois de cessado o uso. Porém, ela pode vir acompanhada de dor de cabeça, taquicardia, agitação, sudorese (suor constante) e náuseas. Quem já viu um usuário aflito por uma tragada, sabe muito bem que estágios adiantados de aflição podem trazer conseqüências funestas.

Tente dizer "maconha não vicia" para a mãe de um garoto de 15 anos que afanou dinheiro da própria genitora pra comprar a erva!

A fissura pela droga aumenta com o tempo e faz o usuário procurar drogas mais fortes, como crack e cocaína, para satisfazer sua síndrome. Portanto, a velha história de que a maconha acaba se tornando uma PONTE para as drogas mais fortes é absolutamente plausível.

Maconha prejudica a memória.

A maconha é obtida das folhas secas da Cannabis Sativa e, quando fumada, libera o tetra-hidro-canabinol, que altera a percepção de tempo/espaço do usuário. Isso deixa a pessoa sensível a sons, imbecilizada (com aquela cara de bobo), rindo à toa. O uso prolongado afeta a memória, prejudica a capacidade de concentração, pois os neurônios estão sendo QUEIMADOS nas enzimas cerebrais.

Muita gente acredita que fica mais criativa ou que tem mais apetite sexual quando fuma maconha. Porém, tudo não passa de fator psicológico, pois a mente do usuário está CONDICIONADA a reagir a um estimulante. Você pode conseguir os mesmos resultados de criatividade ou de desempenho sexual sem o uso da erva. Basta você QUERER.

Maconha causa impotência.

O uso da erva afeta a motilidade (capacidade de locomoção) e até a vitalidade dos espermatozóides. O homem que usa maconha por muito tempo pode ter sua fertilidade bastante prejudicada. Ela também afeta a libido, pois há uma tendência natural de preferir o prazer virtual e embriagante da erva. Em outras palavras: o uso excessivo da maconha não só pode deixar o cara impotente, como também estéril.

E não é apenas o usuário de maconha que pode ficar impotente, o de cigarro comum também. A nicotina aumenta a produção de endotelina, que reduz o calibre dos vasos sangüíneos; automaticamente, também reduz a produção de óxido nítrico, que dilata os vasos e permite que o sangue flua em volume maior; a nicotina também aumenta a produção de colesterol ruim, que contribui para o desenvolvimento de placas de ateroma (que dificultam a entrada de sangue no pênis, prejudicando, por conseguinte, a ereção). Como se não bastasse tudo isso, a presença do monóxido de carbono afeta sensivelmente a vitalidade do músculo do pênis.

Portanto, cara leitora, é bom duvidar das peripécias sexuais contadas por usuários de maconha e fumantes compulsivos. É óbvio que eles não vão admitir pra ninguém que estão dentro do grupo de risco da impotência. Pode não ser hoje, pode não ser amanhã, mas uma hora a casa cai - e não vai levantar com facilidade...

Na Holanda é liberado e é um paraíso.

O governo holandês já tem vários projetos para revogar a liberação da maconha, pois os prejuízos ao turismo foram incalculáveis. As hordas de junkies que invadem a Holanda todos os anos têm trazido grandes prejuízos ao país, uma vez que o turismo tradicional foi muito enfraquecido por causa disso. E junkie só está atrás das drogas, não de turismo.

Além do mais, tente passear nas praças do centro de Amsterdam e vai ver uma cena dantesca de drogados jogados no chão em estado deplorável, muitas vezes fazendo necessidades fisiológicas em público por falta de forças de ir até um banheiro. Dezenas de instituições e ONGs se organizam no país para tirar das ruas a enorme quantidade de usuários que se excedem por causa da facilidade de compra das drogas.

Em outras palavras, a Holanda está-se transformando numa boca-de-fumo gigante e governo e população não estão muito felizes com isso. Pra quem achar essa afirmação um "chute", sugiro entrar em contato com a Câmara do Comércio Holandesa, sediada em São Paulo.

Os efeitos medicinais da maconha.

Quando devidamente monitorados por um médico, o uso de determinadas propriedades da Cannabis Sativa têm comprovados resultados em curas medicinais. Porém, não se iluda, essas propriedades medicinais só são encontradas nas partes da erva que NÃO são alucinógenas. Ou seja, fumar maconha "medicinal" não dá barato, não deixa ninguém doidão. É apenas um remédio como qualquer outro.

Outro mito ridículo: o de que maconha é bom pra asma. Ora, meu amigo, a fumaça da erva agride os brônquios e faz tão mal quanto qualquer cigarro. Aliás, costuma-se dizer que a maconha é menos prejudicial aos pulmões do que o cigarro. Outra bobagem sem sentido nenhum! A maconha contém benzopireno e diversas outras substâncias cancerígenas encontradas no tabaco comum. Em outras palavras: é tão prejudicial quanto o cigarro, sim - tanto para o usuário quanto para o infeliz que está perto, aspirando a fumaça alheia.

O que fazer, então?

Agir nas escolas. É preciso que professores e pais se unam para mostrar de forma clara e científica como a maconha faz mal para a saúde, para as pessoas, para a sociedade, para todo mundo. Não devemos nos iludir com discursos apaixonados, nem de defesa e nem de ataque à maconha. É preciso estudar detalhadamente os fatos.

Se você é um usuário, procure pensar qual o caminho que aquele inocente "bagulho" percorreu até chegar em suas mãos. Pense quantas pessoas foram assassinadas, quanto crimes foram cometidos para que você gastasse seu dinheiro com alguns gramas da erva. Na verdade, você está tragando a vida de pessoas inocentes, está ajudando a tornar a sociedade um lugar cada vez pior para se viver.

DA PRÓXIMA VEZ QUE VOCÊ VER A GUERRA DE TRAFICANTES MATANDO MUITA GENTE INOCENTE NA TV, COM TIROTEIOS E SANGUE POR TODO LADO, PENSE QUE AQUELE CIGARRINHO "INOCENTE" AJUDOU A DERRAMAR CADA GOTA DE SANGUE QUE VOCÊ VÊ NA TELA. Parece tudo tão longe da sua realidade, não é? Bem, pode até estar longe hoje, porém, amanhã pode estar bem perto. E o sangue no asfalto pode ser o seu.

Maconha provoca danos ao organismo

Uma pesquisa feita com pessoas que fumam cigarros de maconha mostrou os efeitos da droga no organismo, mesmo depois de um período sem consumo. A perda de memória e distúrbios graves no sono são algumas das conseqüências.

VEJA O VÍDEO:


Uma pesquisa feita com pessoas que fumam cigarros de maconha mostrou os efeitos da droga no organismo, mesmo depois de um período sem consumo. A perda de memória e distúrbios graves no sono são algumas das conseqüências.

Ele está com 25 anos de idade. Durante 11 anos, fumou cigarros de maconha todo dia. Agora, está em uma eterna luta para recuperar o que perdeu. “Eu não lembrava de coisas que eu tinha acabado de fazer. Eu não conseguia me lembrar da matéria que eu tinha acabado de estudar”, conta o jovem.

A pesquisadora norte-americana Karen Bolla, a primeira a demonstrar que a maconha pode causar danos permanentes no cérebro, estudou o que acontece quando o dependente fica sem a droga. Karen veio ao Brasil mostrar as conclusões de sua última pesquisa.

Depois de quase um mês de abstinência, o organismo de quem costumava fumar pelo menos 50 cigarros de maconha por semana, apresenta:

- Perda de memória;
- Dificuldade de expressão;
- Falha na coordenação motora.

A doutora Karen disse que 80% dos usuários que tentaram largar o vício tiveram problemas com o sono. E quando essas pessoas conseguiam dormir, tinham pesadelos. Acordadas, apresentavam nervosismo, ansiedade, perdiam o apetite e emagreciam.

A pesquisadora conclui: “Maconha não é inofensiva como algumas pessoas pensam. Poucas doses podem causar sérios problemas, especialmente nos jovens.”

Os médicos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, que trouxeram a pesquisadora americana para o Brasil, dizem que o resultado do estudo pode ajudar no desenvolvimento de técnicas que auxiliem os dependentes a abandonar a droga. E isso é importante, porque, segundo eles, tratar da abstinência à maconha, hoje, não é fácil.

Para o neuropsicólogo Paulo Cunha, os pacientes confundem as conseqüências do vício com sintomas de outras doenças. Com a pesquisa, ficou mais fácil tirar a dúvida e definir o tratamento.

“Essa pesquisa vai auxiliar tanto nas técnicas psicológicas de terapia como também nas técnicas farmacológicas, ou seja, em pensar em remédios que possam atuar nessas regiões cerebrais e auxiliar na recuperação disso com o tempo mais breve possível”, conclui Cunha.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Riscos à saúde

Tabaco

É altamente viciante. A nicotina é altamente viciante e atua como um estimulante tanto como um sedativo ao sistema nervoso central. A ingestão de nicotina resulta em efeito quase imediato, porque provoca uma descarga de adrenalina a partir do córtex adrenal. Isto estimula o sistema nervoso central, e outras glândulas endócrinas, o que causa uma liberação repentina da glicose. A estimulação é seguida então por uma depressão e pela fadiga, conduzindo o usuário a procurar mais nicotina.

O cigarro e a maconha estão estreitamente relacionados. Pesquisas mostram que jovens que fumam cigarros são catorze vezes mais propícios a experimentar maconha do que aqueles que não fumam.

Nicotina se acumula no organismo. A nicotina do tabaco é absorvida rapidamente nos pulmões, independentemente se o fumo de tabaco é dos cigarros, charutos ou cachimbos. A nicotina também é absorvida rapidamente quando o tabaco é mastigado. Com o uso regular do tabaco, os níveis de nicotina se acumulam no corpo durante o dia e persistem durante a noite, assim expõem os fumantes diários aos efeitos da nicotina durante 24 horas por dia.

Longo prazo, existem riscos. Além da nicotina, a fumaça do cigarro é principalmente composto por uma dúzia de gases (principalmente o monóxido de carbono e de alcatrão). O alcatrão em um cigarro, que varia entre 15 mg para um cigarro regular e 7 mg para um cigarro de baixo teor de alcatrão, expõe o usuário a ter problemas como câncer pulmonar, enfisema, e desordens brônquicas. O monóxido de carbono no fumo aumentam os riscos de doenças cardiovasculares.

O fumo passivo também pode causar doenças. A Environmental Protection Agency (USA), concluiu que o tabagismo passivo provoca câncer pulmonar em adultos, aumenta consideravelmente o risco de doenças respiratórias em crianças e morte súbita infantil.

Fonte: Information provided by the National Institute on Drug Abuse and the 2005 National Survey on Drug Use and Health (SAMHSA) (USA).

domingo, 12 de outubro de 2008

Maconha pode 'encolher o cérebro', dizem cientistas

Fumar maconha com freqüência e por um tempo prolongado pode encolher partes do cérebro que governam memória, emoções e agressão, segundo um estudo publicado no Archives of General Psychiatry.

Os cientistas usaram exames de imagens obtidas por ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas que haviam admitido fumar mais de cinco cigarros de maconha por dia por um período de pelo menos dez anos e compararam as imagens com as do cérebro de pessoas que nunca usaram a droga.

Os que fumavam maconha regularmente tinham um hipocampo - parte do cérebro envolvida no desenvolvimento de emoção e memória - 12% menor e uma amígdala cerebelar - que tem um papel no controle do medo e da agressão - 7% menor.

Quinze usuários de maconha e 16 pessoas que não fumavam a droga participaram do estudo liderado por Murat Yücel, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

"Ainda que o uso moderado não leve a efeitos neurotóxicos significativos, os resultados sugerem que o uso diário em excesso pode ser tóxico ao tecido do cérebro humano", diz o estudo.

Os usuários de maconha também tiveram um pior desempenho em testes de memória verbal - sem uma correlação com o tamanho das partes do cérebro avaliadas - e tinham mais propensão a sintomas leves de doenças psiquiátricas como esquizofrenia.

Fonte: BBC

Maconha pode afetar cérebro de fetos, diz estudo

Pesquisa diz que uso da droga na gravidez pode ter conseqüências

Fumar maconha durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê, afirma um estudo feito por pesquisadores escoceses.

O estudo da Universidade de Aberdeen, na Escócia, também afirma que alguns remédios vendidos em farmácias – como para tratamento de obesidade – também poderiam ter efeito no cérebro do feto.

O trabalho analisa a importância de moléculas produzidas naturalmente no cérebro e como algumas células nervosas se reconhecem e se conectam umas às outras.

As moléculas do cérebro endocanabinóides teriam uma função semelhante ao tetraidrocanabinol (THC) da maconha, afetando os mesmos receptores e sinalizando os mesmos sistemas no cérebro.

Qualquer agente que afete essas moléculas pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, segundo o estudo.

"Nossas descobertas apontam que a integridade deste sistema de sinalização deveria ser mantido e não perturbado para que o cérebro se desenvolva normalmente", diz o professor Tibor Harkany, que participou da pesquisa.

"Qualquer coisa que interrompa este processo, como fumar maconha ou usar algumas drogas que afetam o sistema de sinalização, poderia afetar a funcionalidade do cérebro."

Pesquisas anteriores mostraram que filhos de mães que usaram maconha durante a gravidez tinham tendências maiores de desenvolver problemas com atividades físicas.

A pesquisa foi conduzida com ratos de laboratório e foi publicada na revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: BBC

Um mês de maconha me deixou paranóica, diz voluntária

Uma inglesa que fumou maconha todos os dias durante um mês, como parte de um documentário da BBC sobre os efeitos da droga, disse ter ficado paranóica, assustada e incapacitada de desempenhar tarefas usuais durante o experimento.

Nicky Taylor, da cidade de Kidderminster, disse que queria saber o que aconteceria com algum dos seus três filhos se eles usassem a droga.

Ela própria já havia experimentado maconha há mais de 20 anos, na faculdade, mas desde então nunca mais havia fumado.

Estima-se que algumas variedades mais modernas tenham cinco vezes mais da substância ativa THC do que a droga consumida na época em que Nicky estava na faculdade.
Nicky passou um mês em Amsterdã, onde a droga é legal. Ela trabalhou em um café que vendia canabis e experimentou diversos tipos da droga, com concentrações diferentes de THC, ao longo dos 30 dias.

Ela se mostrou especialmente impressionada com o skunk, uma variedade mais forte, que, segundo ela, teve efeitos "absolutamente horrendos", embora não duradouros, na sua mente.
"Em algumas noites, eu não conseguia dormir nada, ficava andando pelo quarto, ficando mais e mais paranóica e pensando que todo mundo que eu tinha conhecido no café, assim como a equipe da BBC, estavam falando de mim", disse Nicky.

Efeito na balança

A inglesa já havia participado de programas que investigavam os efeitos de beber em excesso e de se submeter a cirurgias plásticas.

Embora variedades mais fracas de canabis não tenham tido o mesmo efeito, ela disse que a sua capacidade geral ficou comprometida, e tarefas como montar um móvel ficaram mais difíceis do que o normal.

"A droga arruinou a minha cabeça", disse Nicky. "Eu não repetiria isso em nenhuma hipótese. Nada mais fazia sentido para mim."

A inglesa também sentiu o efeito da droga na balança. Por causa das vontades súbitas de comer doces e lanches, provocadas pela droga, ela engordou cerca de três quilos.

Depois de um mês, cientistas do Instituto de Psiquiatria de Londres injetaram em Nicky uma dose de THC e de THC com canabinóides, a combinação encontrada em variedades mais fracas da droga. Depois da injeção de THC puro, ela teve um "episódio psicótico".

"Eu achava que os pesquisadores eram personagens de um filme de terror", contou Nicky. "Eu estava pensando em pular da janela."

Ao fim do experimento, ela deixou de sentir os efeitos do uso de canabis, mas disse que tentará manter os filhos afastados da droga.

Debate necessário

No entanto, Nicky defende um debate sóbrio na sociedade sobre o que fazer com a canabis, uma vez que há cada vez mais indícios de que a droga também pode ter importantes aplicações médicas.

"Esta planta é complexa, pode fazer muito mal, mas também pode fazer muito bem", afirmou.

"De um lado você tem pessoas que pensam que (a maconha) é obra do diabo, de outro pessoas que acham que é uma coisa fantástica. Então ninguém senta para conversar de forma construtiva sobre o que deveria ser feito."

O diretor-executivo da organização Drugscope, Martin Barnes, afirma que a maioria dos potenciais efeitos nocivos da canabis foi levantada em estudos com variedades mais fracas da droga.

Segundo Barnes, no caso da Grã-Bretanha, a potência média da canabis aumentou nos últimos anos. "Embora seja intuitivo que o potencial de danos à saúde aumenta com formas mais fortes de canabis, as pessoas não devem assumir que apenas os tipos mais fortes são nocivos", afirmou.
"Outra questão importante são os problemas de longo prazo que podem surgir do uso de canabis", acrescentou Barnes.

O experimento de Nicky Taylor fará parte do documentário "Should I Smoke Dope?" (Devo fumar maconha?, em tradução livre), que será exibido pela BBC nesta quinta-feira na Grã-Bretanha.

Fonte: BBC

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Fumantes passivas, crianças podem sofrer com doenças respiratórias

Estudo realizado pelo Inca e UFRJ mostra que pelo menos sete brasileiros que não fumam morrem a cada dia por doenças provocadas pelo tabaco.

Segundo o estudo "Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população urbana no Brasil", realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as pessoas não -fumantes expostas à fumaça provocada pelo tabaco também têm a saúde prejudicada e podem desenvolver as mesmas doenças dos tabagistas. De acordo com os resultados da pesquisa, pelo menos sete brasileiros não-fumantes morrem a cada dia, ou mais de 2600 pessoas por ano, no país.

"O tabagismo continua sendo a causa de milhões de mortes no mundo e a expectativa é que esse número continue crescendo. Fumar perto de crianças faz com que estas sejam fumantes passivas e tenham pior qualidade de vida", conta o Dr. Roberto Rodrigues Jr., pneumologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/ DASA.

"Contudo, ficaram de fora dessa estimativa pelo menos 40% dos óbitos, possivelmente associados ao fumo passivo, como a síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas. Também não entraram na pesquisa os abortos provocados pelo tabagismo e morte súbita na infância", completa o pneumologista.

Fumar em ambientes com crianças pode gerar uma série de problemas à saúde, como maior risco de pneumonias, sinusites, amigdalites, asma brônquica, traqueobronquites e a indução ao hábito do tabagismo. Aos pais que têm dificuldade em parar com o vício, o aconselhável é fumar em locais onde a criança não transite. "Não adianta fumar em janelas ou portas, o ideal é que saia de casa e evite poluir o ambiente domiciliar", alerta Dr. Rodrigues Junior.

Existem diversos tipos de exames que auxiliam à diagnosticar as doenças acarretadas pelo tabaco, e o tratamento é feito basicamente por meio de acompanhamento médico e remédios.

A pesquisa estimou a proporção de óbitos considerando apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e acidentes vasculares cerebrais. O objeto do estudo foi a população adulta, acima de 35 anos, e de 15 capitais do Brasil. É a primeira vez que um estudo desse gênero é realizado no País.

Fonte: Jornal O Serrano

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Fumo passivo dá prejuízo anual de R$ 37 milhões

O Sistema Único de Saúde (SUS) e a Previdência Social gastam anualmente cerca de R$ 37 milhões com doenças e mortes causadas pelo tabagismo passivo. O dado consta da pesquisa Impacto do custo de doenças relacionadas ao tabagismo passivo no Brasil, realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a pedido do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A pesquisa, divulgada hoje (30), tem como base gastos com o tratamento, no SUS, das mais de 2.600 pessoas não-fumantes que morrem anualmente, em todo o país, em conseqüência do fumo passivo, ou seja, da inalação constante de fumaça de cigarros fumados por outra pessoa. Apenas com esse tratamento, são gastos cerca de R$ 19 milhões.

Segundo o autor do estudo, o médico pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, as mortes dessas pessoas também causam um impacto anual de cerca de R$ 18 milhões à Previdência Social, com o pagamento de benefícios a dependentes dessas pessoas. Ele explica que entre as principais vítimas do fumo passivo estão aquelas que moram com fumantes.

´Uma vida saudável não combina com tabaco´, disse o médico. Para ele, não tem sentido saber de todos os males causados pelo consumo de cigarros e continuar expondo as pessoas à fumaça do tabaco.

´É melhor que a gente, num primeiro momento, evite fumar próximo de quem quer que seja, principalmente dentro de casa. E, num segundo momento, que comece a pensar seriamente em procurar ajuda para parar de fumar´, afirmou Araújo.

Entre os problemas que mais atingem os fumantes passivos estão as doenças cardíacas (como infarto do miocárdio), os acidentes vasculares cerebrais e o câncer de pulmão.

Fonte: Agência Brasil

Fumaça de maconha é mais tóxica que de cigarro, diz estudo

Uma nova pesquisa do governo do Canadá demonstrou que a fumaça da maconha pode ter toxinas mais prejudiciais do que a do cigarro.

Os cientistas do Departamento de Saúde do Canadá encontraram 20 vezes mais amônia, um elemento químico ligado à ocorrência de câncer, na fumaça da maconha. A pesquisa foi publicada na revista especializada New Scientist.

Além da amônia, a equipe do governo canadense também encontrou quantidade cinco vezes maior de cianeto de hidrogênio e óxido de nitrogênio, que estão ligados a danos causados no coração e pulmões, respectivamente.

Mas a fumaça dos cigarros contêm maior quantidade de uma toxina ligada a problemas de fertilidade.

Pesquisas anteriores mostraram que a fumaça da maconha causa mais danos aos pulmões do que a do cigarro e é inalada mais profundamente e mantida nos pulmões por um período quatro vezes mais longo.

"O consumo de maconha por meio de fumo continua sendo uma realidade e, entre os jovens, parece estar aumentando. A confirmação da presença de (elementos) cancerígenos conhecidos e outros elementos químicos é uma informação de saúde pública importante", disse David Moir, que liderou as pesquisas para o Departamento de Saúde do Canadá.

Máquina coletora

A equipe de Moir usou uma máquina que coletava a fumaça para comparar a toxicidade entre o cigarro comum e a maconha e detectar a presença de pelo menos 20 elementos químicos prejudiciais à saúde.

Além da fumaça inalada diretamente pelo fumante, os cientistas também analisaram a fumaça que sai da outra ponta do cigarro e que é responsável por 85% da fumaça inalada por fumantes passivos.

Na maioria dos casos a fumaça diretamente inalada continha quase todos os mesmos elementos químicos que a fumaça que saía da outra ponta.

O estudo também mostrou pouca diferença nas concentrações de uma série de outros elementos químicos como o cromo, níquel, arsênico e selênio.

"O impacto para a saúde (do consumo) da maconha geralmente é negligenciado devido ao debate da legalidade", disse Richard Russel, especialista na Clínica de Tórax Windsor.

"Estes resultados não me surpreendem. As toxinas da fumaça da maconha causam inflamação no pulmão, dano no pulmão e câncer", acrescentou.

Fonte: BBC

Maconha pode aumentar risco de psicose, diz estudo

Usuários de maconha e derivados têm um risco 40% maior de sofrer de algum tipo de psicose - como esquizofrenia - do que não usuários, segundo especialistas britânicos.

Em um artigo na revista científica The Lancet, uma equipe das Universidades de Bristol e Cardiff liderada por Stanley Zammit afirmou que os jovens precisam ser conscientizados dos riscos.

No artigo, os especialistas britânicos também afirmam que até 800 casos de esquizofrenia registrados anualmente na Grã-Bretanha, podem ser ligados ao uso de maconha.

Os pesquisadores analisaram 35 estudos sobre a relação da droga com saúde mental.

Eles perceberam que aqueles que usavam maconha com mais freqüência apresentavam risco duas vezes maior de desenvolver sintomas psicóticos como alucinações.

Mas, segundo os especialistas, a ligação entre o consumo da droga e a depressão ou ansiedade está menos clara.

Risco maior

Os autores da pesquisa afirmam que o risco para qualquer pessoa de desenvolver esquizofrenia permanece geralmente baixo, mas pelo fato de o uso de maconha ser tão comum, eles estimaram que isso possa ser um fator em 14% dos problemas ligados à psicose em jovens adultos na Grã-Bretanha.

Mas eles afirmam que não podem descartar a possibilidade de que as pessoas que têm um risco maior de sofrer de doenças mentais terão maior probabilidade de usar a droga.

"É possível que as pessoas que usam maconha tenham outras características que já aumentam o risco de psicoses. Entretanto, todos os estudos indicaram uma associação e parece apropriado alertar o público a respeito do possível risco", disse Glyn Lewis, professor de psiquiatria.

Lewis afirma que aconselharia o fim do uso da droga particularmente para os usuários que já estão desenvolvendo problemas de saúde mental ou que têm histórico familiar de doenças psicóticas.

Em um editorial da mesma revista The Lancet, pesquisadores dinamarqueses afirmaram que números apresentados no estudo podem ser aplicados em cerca de 800 casos potencialmente evitáveis de esquizofrenia por ano na Grã-Bretanha entre pessoas de 15 a 34 anos.

Forma concentrada

"Os estudos analisados foram feitos nos anos 70, 80 e 90", disse o professor de psiquiatria no Instituto de Psiquiatria de Londres, Robin Murray.

"Uma das questões que eles não analisaram é se o risco aumenta com as formas mais concentradas da maconha, como o skunk, que agora estão mais disponíveis", acrescentou.

O professor Leslie Iverson, da Universidade de Oxford, disse por sua vez que ainda não existem provas conclusivas de que o uso de maconha causa psicoses.

"A previsão deles - de que 14% dos resultados psicóticos em jovens adultos na Grã-Bretanha podem ser creditados ao uso de maconha - não tem sustentação, pois a incidência de esquizofrenia não mostrou nenhuma mudança significativa nos últimos 30 anos", afirmou.

Já o professor David Nutt, chefe do setor de psicofarmacologia da Universidade de Bristol, disse que a maconha, inquestionavelmente, causa danos. Mas ressaltou que ela vicia menos e é menos maléfica do que álcool ou fumo.

"A idéia de que a reclassificação para cima (da maconha feita pelo governo na Grã-Bretanha) vai reduzir de alguma forma a psicose é ingênua e corre-se o risco de, perversamente, impor um sofrimento ainda maior - ao aumentar as punições criminais - a pessoas vulneráveis que já estão sofrendo com doenças mentais", disse.

Fonte: BBC

Cientistas apontam danos da maconha no cérebro

Equipes de cientistas de vários países mostraram como a maconha pode desencadear doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia.

Uma equipe do Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres deu a voluntários saudáveis o ingrediente ativo da maconha, o tetrahidrocanabinol (THC).

Os cientistas registraram atividade reduzida na área do cérebro que evita os pensamentos considerados inadequados.

Nos últimos anos, os níveis de THC teriam dobrado na maconha vendida nas ruas da Grã-Bretanha - diminuindo os outros ingredientes que poderiam ter um efeito benéfico.

Um outro estudo mostrou que um destes ingredientes - canabidiol (CBD) - tem o potencial de amortecer os sintomas psicóticos e poderia formar a base de novos tratamentos.

A pesquisa será discutida em uma conferência sobre o impacto do uso de maconha, que deve ocorrer nesta semana no King's College.

Dependência

Apesar das estatísticas não serem mantidas com precisão, estima-se que cerca de 500 mil pessoas na Grã-Bretanha possam ser dependentes de maconha.

Especialistas temem que a maconha esteja ficando mais potente. Acredita-se que o conteúdo de THC aumentou, em média, de 6% para 12% nos últimos anos.

O estudo do Instituto de Psiquiatria deu um comprimido de placebo para alguns voluntários, THC ou CBD para outros que não tinham usado maconha.

Foram realizados exames do cérebro e uma série de testes que mostraram que os que tomaram o THC tinham atividade reduzida em uma área do cérebro chamada córtex inferior frontal que controla pensamentos e comportamentos inadequados, como xingamentos e paranóia.

Os efeitos foram curtos, mas algumas pessoas se mostraram mais vulneráveis que outras.

Em um segundo estudo, uma equipe da Universidade americana de Yale administrou o THC de modo intravenoso. Mesmo em doses relativamente baixas, eles descobriram que 50% dos voluntários saudáveis começaram a mostrar sintomas de psicose.
Voluntários que já tinham um histórico de sintomas psicóticos se mostraram mais vulneráveis.

Efeitos colaterais

Um outro estudo da Universidade de Colônia, na Alemanha, comparou o efeito do CBD e de um remédio usado freqüentemente no combate à psicose, o Amisulpride, em 42 pacientes com histórico de esquizofrenia.

Depois de quatro semanas os dois grupos mostraram uma redução em sintomas psicóticos, mas o grupo que recebeu o CBD tinha menos tendências a sofrer efeitos colaterais como rigidez muscular e ganho de peso.


Os pesquisadores alertaram que o THC e o CBD competem um com o outro em termos bioquímicos, então um aumento nos níveis de THC iria prejudicar qualquer impacto positivo do CBD.


"Se algo tem um efeito ativo para induzir os sintomas de psicose depois de uma dose, então não seria surpresa se o uso repetido induzisse à condição crônica", disse o professor Robin Murray, psiquiatra consultar no Instituto de Psiquiatria.

Fonte: BBC