sábado, 4 de outubro de 2008

Maconha aumenta chances de derrame, diz estudo

Um estudo realizado nos Estados Unidos afirma que a maconha tem um efeito negativo de longo prazo no cérebro e potencializa o risco de derrames e de perda de memória.

Os pesquisadores do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas, em Baltimore, afirmam que a droga altera os vasos sanquíneos e aumenta a velocidade da circulação no cérebro de usuários da droga, mesmo após um mês sem fumar.

Os resultados do estudo foram publicados na revista especializada Neurology e indicam que a droga atrofia vasos sanguíneos.

Participaram da pesquisa 54 usuários de maconha que fumavam entre dois e 350 cigarros da droga por semana e 18 não-fumantes.

Os médicos utilizaram uma avançada tecnologia de ultra-som para medir a corrente sanguínea no cérebro dos voluntários no início do estudo e depois de um mês de abstinência.

Pressão alta

Os fumantes da erva apresentaram uma circulação mais rápida, tanto no início quanto depois de pararem de usar a droga.

Foram constatados também índices mais altos do índice de pulsatilidade (IP), que mede a resistência ao fluxo de sangue no corpo.

De acordo com os cientistas, um IP mais alto é causado por vasos sanguíneos mais estreitos.

"Os valores de IP dos usuários de maconha são pouco mais altos do que os de pacientes com pressão alta crônica e diabetes", afirmou o médico Ronald Herning.

"Isso indica que a maconha leva a anomalias nos vasos sanguíneos do cérebro."

O estudo também leva a crer que usuários moderados – que fumavam até 70 cigarros por semana – apresentam sinais de melhora na circulação sanguínea se pararem de fumar por um mês.

No entanto, um mês de abstinência não provocou impacto positivo na circulação dos usuários pesados – aqueles que fumam até 350 cigarros por semana.

"A longo prazo, pode-se vir a ter dificuldades cognitivas como problemas de memória e raciocínio", afirmou o doutor Herning.

O médico também alerta para o risco maior de derrames. Há vários casos de derrame entre usuários jovens de maconha.

"O meu conselho é se abster do uso dessa droga", diz Herning.

Fonte: BBC

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