domingo, 5 de setembro de 2010

Casamento com fumante 'eleva em até 72% risco de infarto'


Analisando os dados de mais de 16 mil pessoas, a investigação estimou que um ex-fumante que se casa com alguém que fuma tem até 72% mais chances de ter um infarto que se fosse casado com um não-fumante.


No caso de pessoas que nunca fumaram, ser casado com fumantes aumenta os riscos em 42%, estimou a pesquisa, que sairá na edição de setembro da revista cientifica American Journal of Preventative Medicine.


Os pesquisadores não observaram aumentos de risco de infarto quando o cônjuge já largou o fumo, eles afirmaram.


Os dados de pessoas com mais de 50 anos foram tirados do levantamento nacional Health and Retirement Study (HRS) de 1992 1993, 1998 e 2004.


A incidência de infartos foi acompanhada em cada pessoa por em média 9.1 anos. Os cientistas ajustaram os modelos anulando outros fatores de risco, como idade, genética, renda, obesidade, uso de álcool e doenças que podem prejudicar o coração.


Embora o fumo passivo seja amplamente aceito como fator de risco para doenças coronárias, poucos estudos investigam a associação entre este fator e os riscos de infartos.


“Os benefícios à saúde de abandonar o fumo provavelmente se estendem para além do fumante individual”, escreveu, no artigo, a pesquisadora M. Maria Glymour, da Escola de Saúde Pública de Harvard.


"Também afeta seus cônjuges, com a potencial multiplicação dos benefícios ao se parar de fumar."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fumantes gastam cerca de R$ 1,5 mil por ano só com cigarro

De acordo com um levantamento feito pela Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), o gasto com cigarro para um casal de fumantes pode chegar a R$ 1.495,20 por ano.
Na região Sudeste, as cifras podem alcançar R$1.543,20. A pesquisa, feita com base nos valores de 2008, reitera que o gasto médio dos fumantes por ano equivale a quase quatro salários mínimos (R$ 415,00 à época).
O levantamento ainda compara o montante despendido em cigarros anualmente com preços de eletrodomésticos, como TV de LCD de 32 polegadas (R$ 1.469,00, preço médio), um computador (R$ 1.300,00), ou uma geladeira duplex (R$ 1.400,00).
De acordo com o PETab, o gasto médio mensal com cigarros industrializados de fumantes acima dos 15 anos no Brasil foi de R$ 55,50. O estudo ainda aponta um aumento na possibilidade de consumo de cigarros por ano. Com base no preço mínimo do produto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2008 seria possível adquirir 150 maços de cigarro mensais, número superior aos 112 maços em 2003 e 83 maços em 1996.
Perfil do fumante 
Apesar de apontar cifras altas no consumo do cigarro, o perfil do fumante médio tem ficado mais pobre. Segundo o Banco Mundial e o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, os maiores percentuais de fumantes no Brasil foram encontrados na população sem instrução, com 25,7%, e entre as pessoas de menor renda (21,3%).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dentistas devem incentivar pacientes a parar de fumar, diz especialista

Os danos que o cigarro causa ao organismo humano já são conhecidos de grande parte da população. Entretanto, o que muita gente ainda não sabe é que o cigarro promove e acelera o desenvolvimento de doenças bucais, principalmente por diminuir a capacidade de defesa do indivíduo nessa região, segundo especialistas. De acordo com a dentista Maristela Lobo, especialista em odontologia estética, uma substância derivada da nicotina denominada cotinina diminui a vascularização e o aporte sanguíneo à gengiva, ao osso que circunda os dentes e à mucosa oral. E isso diminui a possibilidade de defesa contra infecções, favorecendo a instalação silenciosa da doença periodontal.

Por essa razão, a especialista defende que os dentistas devem alertar os pacientes para os riscos do cigarro para a saúde bucal e incentivá-los a parar de fumar. “O nosso papel, enquanto profissionais de saúde, é informar, de maneira clara e objetiva, todos os prejuízos causados pelo cigarro na boca e na saúde geral, e motivar o paciente a parar de fumar, fornecendo ferramentas de ajuda à síndrome de abstinência, ou seja, à sensação de ansiedade e de perda que acompanha o abandono do vício nos primeiros meses”, ressalta.

De acordo com especialistas, além de o cigarro promover o surgimento de problemas bucais, ele prejudica o tratamento da doença periodontal, pois atrapalha a cicatrização. “O protocolo de tratamento é semelhante nos indivíduos não fumantes, embora tenha duas principais particularidades: a primeira é que os cirurgiões-dentistas darão início a uma campanha de apoio ao abandono do hábito e do vício; a segunda é que o paciente deve estar ciente de que a cicatrização em fumantes também é afetada pela falta de vascularização, gerando um atraso de duas a três semanas para o reparo completo de qualquer ferida cirúrgica intraoral”, explica a dentista.  

Hábito e vício

Os especialistas defendem que, quando o paciente relata que fuma de cinco a 10 cigarros por dia, ele está informando que o hábito é mais forte que o vício, portanto, é mais fácil largar o cigarro. Mas, se o indivíduo relata fumar uma quantidade superior a 20 cigarros por dia, o vício químico é caracterizado, dificultando o processo de parar de fumar.

De acordo com Maristela Lobo, se o paciente demonstra a “força do hábito” do cigarro, uma boa opção é o cigarro eletrônico - pequeno aparelho elétrico que produz fumaça, e que possui cartuchos que podem estar vazios ou carregados com diferentes níveis de nicotina. Porém, em indivíduos dependentes quimicamente da nicotina, o cigarro elétrico não parece ser suficiente. A dentista destaca que, nesses casos, deve-se obter auxílio médico, com indicação expressa do dentista, para que o indivíduo faça uso de medicações específicas para o controle da ansiedade.

Fonte: Estilo Press. Press release


Cigarro pode reduzir a ação de antibióticos, aponta estudo

Os antibióticos podem ter ação reduzida em fumantes, segundo recente estudo da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, em Campinas. Considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) fator de risco para mais de 50 doenças e responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, o cigarro, segundo o estudo, pode afetar de forma negativa a atuação de antibióticos e interferir na eficácia do tratamento proposto.

Avaliando, a biodisponibilidade (quantidade efetiva do medicamento) do antibiótico Metronidazol, receitado no tratamento de doenças periodontais e ginecológicas, os pesquisadores descobriram que o cigarro pode interferir na ação do antibiótico no organismo de fumantes, o que significa a alteração de sua metabolização e uma possível interferência na eficácia do tratamento de doenças com o uso deste medicamento. "É normal uma parte do medicamento ser perdida antes de ser utilizada. Mas o efeito do cigarro reduz ainda mais a quantidade do medicamento absorvida pelo organismo, quando ministrado via oral", explica Juliana Ramacciato, uma das orientadoras do estudo.

De acordo com os especialistas, a pesquisa indica que, para compensar a redução do efeito do medicamento no organismo, dentistas e médicos precisariam ministrar doses maiores do remédio para os pacientes fumantes. A nova dosagem implica, entretanto, no risco de potencializar seus efeitos colaterais, como alteração de paladar e diarreia.

Baseados nesses resultados, os pesquisadores destacam que mais estudos são necessários para confirmação, e recomendam que o melhor remédio é não fumar. "Planejamos fazer novas pesquisas que envolvam outros grupos de remédios, que também causam esse problema", informa a especialista.

Fonte: Ateliê da Notícia. Press release. 20 de agosto de 2010.

domingo, 18 de abril de 2010

Os efeitos do cigarro sobre os dentes e a boca

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?
 
O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.
Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.

O tabaco causa mau hálito?

Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.

É possível perder os dentes devido ao fumo?

Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.
A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.
O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.

Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?

De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.

Por que os dentes e as gengivas escurecem?

Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.
A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.

O cigarro pode provocar problemas na salivação?

Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.
O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.
Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.

O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?

O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.
A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.
O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.
Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.
De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.

Há mudanças no paladar?

Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.

Há riscos de cárie?

Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.
Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.

Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?

Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.
O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.
O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.
O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:

- Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;
- Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;
- Manchas ou placas avermelhadas;
- Lesões nodulares, endurecidas;
- Inchaços na boca ou no pescoço.

Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.

Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:

Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.
Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.
Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.
Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.


Ana Cláudia Santos de Azevedo Izidoro é Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Especialista em Endodontia pela UFRJ; Mestre em Odontologia, área de concentração Estomatologia, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Oficial Dentista (Capitão) do Exército Brasileiro, atuando nas clínicas de Endodontia e Estomatologia do Hospital Geral de Curitiba; Coordenadora do curso de especialização em Estomatologia do IPPEO - Instituto Paranaense de Pesquisa e Ensino em Odontologia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Drogas e Adolescência

O período da adolescência, pode ser um momento de ansiedade na vida do seu filho, e talvez na sua também. Quando o adolescente mira e fixa em fazer seu caminho no mundo, as solicitações podem começar a somar para toda a família. Tenha trabalhado arduamente para incentivar seu filho na escola. Mas você poderia não estar ciente do risco aumentado para o consumo de drogas durante a vida desta importante fase, e o impacto que maconha pode ter sobre um adolescente que tem capacidade para aprender e ter sucesso.


Adolescentes encontram-se em um ponto crítico na criação da fundação acadêmica para o resto das suas vidas. Mas de acordo com os especialistas, a maconha não tem lugar na equação para o sucesso.

Considere isto:
Os adolescentes que começam a usar maconha em idade precoce, quando o cérebro ainda está em desenvolvimento podem ser mais vulneráveis a déficits neuropsicológicos, especialmente habilidades verbais.

Os pesquisadores constataram que a maconha em uso pesado atrapalha a capacidade dos adolescentes em se concentrar e reter as informações. Isso pode ser especialmente problemática durante aprendizagem durante anos.

Não deixe as drogas comprometer a capacidade do seu filho em aprender. Seja claro sobre as suas expectativas, porque as regras que você define e aplica hoje vão fazer toda a diferença na vida do seu filho amanhã.


Fonte: American Academy of Family Physicians

quarta-feira, 3 de março de 2010

FALE COM SEU FILHO SOBRE A MACONHA

Série sobre Maconha (Parte XXVII)



Como podemos observar nesta publicação, a maconha evidentemente é uma droga perigosa para a saúde e bem-estar das crianças, adolescentes em um ponto crítico de suas vidas: quando estão crescendo, aprendendo, amadurecendo, e construindo o que será de sua vida adulta. As crianças necessitam de seus pais para que os ajudem a resolver problemas e tomar decisões, incluindo a decisão de não usar drogas. Como modelo, sua própria decisão de não fumar maconha ou usar outras drogas ilícitas reforça esta mensagem para seus filhos.

Existem muitos recursos, inclusive em sua própria comunidade, para dar assistência e obter informação de como falar com seus filhos sobre as drogas. Para encontrá-los pode ir à biblioteca pública, à escola de seu filho, ou uma organização de serviço para a comunidade.

A SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas vem produzindo uma série de publicações e materiais educativos em conjunto com diversos parceiros. A SENAD possui uma linha direta (0800614321) pela qual estes materiais em português podem ser solicitados. A solicitação pode também ser realizada por carta para:

Subsecretaria de Prevenção e Tratamento
SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas
Palácio do Planalto - Anexo II - sala 235
CEP - 70150-900 Brasília DF

A "National Clearinghouse for Alcohol and Drug Information" (Centro de informação sobre o álcool e drogas) dos Estados Unidos da América oferece uma extensa coleção de publicações, videotapes e materiais educativos em inglês e em espanhol para ajudar os pais a falar com seus filhos sobre o uso das drogas. Para mais informação sobre a maconha e outras drogas, consulte a National Clearinghouse on Alcohol and Drug information, P.O. Box 2345, Rockville, MD 20847, USA.

Fim da Série sobre Maconha.

segunda-feira, 1 de março de 2010

COMO POSSO EVITAR QUE MEU FILHO SE ENVOLVA COM ESTA DROGA?

Série sobre Maconha (Parte XXVI)

Não existe uma resposta mágica para evitar que os jovens usem drogas. Os pais podem ter impacto se conversarem com seus filhos sobre os perigos do uso da maconha e outras drogas, e se estiverem ativamente envolvidos na vida de seus filhos. Inclusive quando os filhos cursam a escola secundária, os pais podem estar envolvidos em suas tarefas escolares, em suas atividades sociais e de recreio, e com seus amigos.


A pesquisa demonstra que a vigilância adequada dos pais pode reduzir a probabilidade do uso futuro de drogas, inclusive entre jovens que têm tendência para usar maconha; tais como os que são rebeldes que não podem controlar suas emoções e têm conflitos emocionais.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

EM ALGUMAS OCASIÕES A MACONHA É USADA COMO MEDICAMENTO?

Série sobre Maconha (Parte XXV)

Não. Tanto no Brasil como nos Estados Unidos (neste último desde 1970), a maconha é uma substância controlada, ou seja, a droga não é aceita como um medicamento.


Ao considerar seu possível uso como medicamento, é importante distinguir entre a maconha e o THC puro, ou outros químicos específicos derivados da Cannabis. A maconha pura contém centenas de elementos químicos, alguns dos quais são claramente prejudiciais à saúde.


Nos Estados Unidos o THC é utilizado para algumas doenças, usado em forma de uma pílula para consumo oral (não é fumado). Como medicamento pode ser usado em tratamento de náuseas e vômito associados com o tratamento de certos tipos de câncer. Outro elemento químico relacionado com o THC (nabilone) foi autorizado pela "Food and Drug Administration" norte-americana para o tratamento dos pacientes com câncer que sofrem de náuseas. Na sua forma oral, o THC também é usado no tratamento de pacientes com AIDS naquele Pais, porque tem a capacidade de abrir o apetite dos doentes ajudando a manter o seu peso.


Os cientistas estudam a possibilidade de que o THC e outros elementos químicos relacionados com a maconha tenham certos valores medicinais. Alguns pensam que estes elementos químicos poderiam ser usados em tratamentos de dores graves, mas é necessário ter mais evidências antes de usa-lo para tratamento de problemas médicos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

EXISTEM TRATAMENTOS PARA AJUDAR OS FUMANTES DE MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte XXIV)

Sim, existe. Há alguns anos atrás era muito difícil encontrar programas especificamente desenhados para pessoas dependentes da maconha. Os tratamentos para a dependência da maconha eram muitos similares aos que eram usados para outros tipos de drogas, incluindo: desintoxicação, terapia de comportamento e assistência regular a reuniões de grupos de apoio, tais como Narcóticos Anônimos.


Recentemente, os pesquisadores experimentaram vários métodos de atrair aos consumidores da maconha a programas de tratamento que lhes ajudem a abster-se. Até o momento, não há medicamentos para o tratamento da dependência de maconha, os programas se concentram nos conselhos e grupos de apoio.


O progresso nos tratamentos deve incluir programas especificamente traçados para ajudar os adolescentes. A maioria destes programas é levado a cabo nas universidades, onde a maioria dos pacientes relata que a maconha é sua droga favorita. Outros se situam em instalações independentes de tratamento para adolescentes. Os médicos de família também são uma boa fonte de ajuda para assistir aos jovens com problemas causados pela maconha.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O QUE É "TOLERÂNCIA" À MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte XXIII)

Desenvolver uma "tolerância" quer dizer que a pessoa necessita de maiores doses de droga a cada vez para obter os mesmos resultados que antes. Alguns dos consumidores freqüentes podem desenvolver tolerância à droga; frequentemente o usuário relata um aumento progressivo da quantidade de maconha que consome.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

AS PESSOAS QUE FUMAM MACONHA, PERDEM SUA MOTIVAÇÃO?

Série sobre Maconha (Parte XXI)

Alguns fumantes freqüentes e prolongados da maconha mostram indícios de falta de motivação (síndrome amotivacional). Os problemas incluem em não se interessar no que acontece na sua vida; não ter desejo de trabalhar regularmente; fadiga; e falta de interesse em sua aparência pessoal. Como resultado, a maioria deles tem mal desempenho escolar e no trabalho. Os pesquisadores ainda estudam estes problemas.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A MACONHA PODE CAUSAR DOENÇAS MENTAIS?

Série sobre Maconha (Parte XX)

Os cientistas ainda não sabem de que maneira se relacionam o uso da maconha e as doenças mentais. Alguns pesquisadores na Suécia relatam que o uso regular e prolongado do THC (da Cannabis) pode aumentar o risco de desenvolver certas doenças, tais como a esquizofrenia.


Outros cientistas afirmam que o uso regular da maconha pode resultar em estados de ansiedade crônica, mudança de personalidade e depressão.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

COMO A MACONHA AFETA O CÉREBRO?

Série sobre Maconha (Parte XIX)

O THC afeta as células nervosas na parte do cérebro onde se formam as memórias. Isto faz com que o indivíduo tenha dificuldades para se lembrar de eventos recentes, e é difícil, para o indivíduo, aprender enquanto esteja sob a influência da droga. Para poder aprender e desempenhar tarefas que requerem mais de uma etapa, é necessário que o indivíduo tenha a capacidade normal da memória a curto prazo.


Alguns estudos demonstraram que a maconha tem efeitos na função mental das pessoas que a fumam muito e por muitos anos. Em um grupo de fumantes crônicos na Costa Rica, verificamos que as pessoas tinham muita dificuldade em lembrar uma lista curta de palavras (que é uma prova básica de memória). As pessoas em estudo também tiveram grande dificuldade em prestar atenção às provas que lhes foram apresentadas.


Provavelmente a maconha destrói células de algumas regiões do cérebro. Os cientistas têm observado em estudos com ratos de laboratório que estes quando recebem altas doses de THC apresentaram redução do número de neurônios (células cerebrais), condição semelhante que é vista em animais anciãos que não são expostos à maconha. Isto significa que ocorre um "envelhecimento" do cérebro do consumidor. Os cérebros dos ratos com idade de 11 e 12 meses (aproximadamente a metade de suas vidas) tinham a mesma aparência que a dos animais com 2 anos. Os pesquisadores ainda estudam os efeitos que poderiam causados no cérebro humano pela maconha.


FATO: Fumar maconha afeta o cérebro e resulta em empecilho da memória a curto prazo, a percepção, o raciocínio e a habilidade motriz.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O QUE ACONTECE SE A MÃE FUMA MACONHA DURANTE A GRAVIDEZ?

Série sobre Maconha (Parte XVII)


Os médicos recomendam que as mulheres grávidas não usem nenhum tipo de drogas porque o seu consumo pode afetar o desenvolvimento do feto ainda no útero.

Alguns estudos científicos indicam que os bebês de mães que fumam maconha nascem pesando e medindo menos, e com menores dimensões de cabeças que os bebês de mães que não usam drogas. Os bebês menores têm maior tendência para sofrer problemas de saúde. Outros estudos descobriram que os efeitos da maconha nos bebês são similares aos que se encontram com síndrome fetal de álcool. Também há evidências que as crianças de mães que fumam maconha têm problemas de sistema nervoso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

QUAIS SÃO OS EFEITOS A LONGO PRAZO DA MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte XVI)


Apesar de que ainda não conhecemos todos os efeitos da maconha a longo prazo, existem sérias preocupações quanto a seus efeitos na saúde. Por exemplo, um grupo de pesquisadores na Califórnia examinou o estado de saúde de 450 fumantes cotidianos (diários) de maconha (que não fumavam tabaco). Em comparação com outras pessoas não-fumantes, estas pessoas tinham mais ausência de trabalho por doença e mais visitas médicas por problemas respiratórios e outras doenças.

Os resultados até a data indicam que o uso regular da maconha ou do THC são fatores no câncer e nos problemas com os sistemas respiratórios, imune e reprodutivo.

Câncer

É difícil determinar se a maconha causa câncer, porque a maioria das pessoas que a usa também fuma tabaco e consome outras drogas. A maconha contém alguns dos mesmos elementos que causam câncer e que se encontram nos cigarros, às vezes mais concentrados. Os estudos mostram que uma pessoa que fuma cinco cigarros de maconha na semana consome a mesma quantidade de químicos carcinógenos que uma pessoa que fuma um maço de cigarro por dia.

A fumaça da maconha e do tabaco provavelmente mudam os tecidos que cobrem o sistema respiratório. Também é possível que em algumas pessoas a fumaça da maconha contribua para o desenvolvimento cedo do câncer da cabeça e do pescoço.

Sistema reprodutivo

O abuso da maconha pode afetar os hormônios masculinos e femininos e, portanto, as características e função sexual. As doses altas da droga podem adiar a puberdade dos meninos e ter efeitos contrários na produção de esperma.

Entre as mulheres, a maconha pode modificar o ciclo menstrual normal e inibir a produção de óvulos dos ovários.

Sistema imune

O sistema imune protege o corpo de muitos elementos que podem causar doenças. Não sabemos se a maconha afeta este sistema, mas existem estudos em animais e humanos que mostram que a droga impede a função normal das células T, quando se trata de defender o sistema respiratório de certos tipos de infeções. As pessoas que têm o vírus HIV e cujos sistemas imunes não funcionam adequadamente, devem evitar o uso da maconha.

Fato: Os fumantes de maconha têm muito dos mesmos problemas respiratórios dos fumantes de tabaco, como a bronquite e a sinusite.

Sistema respiratório

As pessoas que fumam maconha freqüentemente desenvolvem os mesmos problemas respiratórios daquelas que fumam cigarros. Têm sintomas como uma tosse crônica (bronquite crônica), mais resfriados. O uso contínuo da maconha pode resultar em função anormal dos pulmões e das vias respiratórias. Encontramos evidências de que a fumaça da maconha pode destruir ou danificar o tecido pulmonar. Infecções por fungos presentes na maconha podem ocorrer em usuários freqüentes.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

COMO AFETA A CAPACIDADE DE DIRIGIR UM CARRO?

Série sobre Maconha (Parte XV)

A maconha tem efeitos contrários em muitas das capacidades necessárias para dirigir um carro. Entre eles, a dificuldade para julgar distâncias e as reações mais lentas diante dos sinais visuais e auditivos que são importantes. Existe informação de que a maconha é um fator nos acidentes de trânsito. Como acontece com freqüência, quando se combina o álcool com a maconha existe ainda maior risco de acidentes. (em comparação com o uso de apenas uma destas substâncias).


Nos Estados Unidos foi realizada uma pesquisa entre pessoas que conduziam automóveis ou motocicletas e que sofreram acidentes. Este estudo mostrou que 15% deles haviam usado maconha e 17% tinham tanto THC como álcool no sangue.


Em um estudo de 150 motoristas infratores em Tennessee (EUA), mostrou restos de maconha em 33%, e positivo para uso concomitante de maconha e cocaína em 12%.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

COMO A MACONHA É PREJUDICIAL?

Série sobre Maconha (Parte XIV)

De várias maneiras, em seus efeitos imediatos e danificando a saúde a longo prazo.


A maconha impede a memória a curto prazo (de eventos recentes) e a pessoa, portanto, tem problemas no aprendizado e mesmo ao tentar realizar tarefas complexas. Com o uso das variedades mais potentes da droga, a pessoa pode ter problemas em realizar inclusive tarefas mais simples.


Devido aos efeitos da droga sobre as percepções e os reflexos, também pode fazer com que a pessoa sofra acidentes no trânsito. As pessoas que usam drogas são mais propensas a realizar atos sexuais que lhes põem em risco à doenças. Sabemos que existe uma forte relação entre o uso de drogas e as práticas sexuais perigosas; e a contaminação do HIV, que é o vírus que causa a AIDS.


Os estudantes que fumam maconha têm dificuldades em estudar e aprender. Os atletas não conseguem o mesmo desempenho porque a droga afeta seus reflexos e coordenação.


Alguns dos efeitos a longo prazo da droga são descritos mais adiante.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

EXISTEM REAÇÕES NEGATIVAS À MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte XIII)

Sim. Em alguns casos, especialmente quando a pessoa a usa pela primeira vez, ou em um lugar estranho, pode sofrer crises de ansiedade aguda (sensação de pânico) e inclusive paranóia (o usuário sente que as pessoas a sua volta estão observando ou mesmo perseguindo-o). Isto é mais provável com doses mais altas de THC. Esses efeitos diminuem a medida que a droga vai perdendo efeito.


Em poucas ocasiões, a pessoa que consumiu uma grande quantidade da droga pode apresentar sintomas psicóticos severos, semelhantes aqueles que pacientes psiquiátricos apresentam, e necessitar de tratamento hospitalar de emergência (por exemplo em unidades psiquiátricas).


Outras reações negativas podem ocorrer se misturar a maconha com outras drogas (como a cocaína).


Fato: A maconha tem efeitos adversos em muitas das capacidades necessárias para dirigir e ocasiona acidentes de trânsito.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

POR QUANTO TEMPO A MACONHA PERMANECE NO CORPO?

Série sobre Maconha (Parte XII)

A substância THC na maconha é absorvida pelos tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde são armazenados. Geralmente podemos encontrar restos de THC nos exames regulares de urina até vários dias depois da pessoas ter fumado maconha. Contudo, no caso das pessoas que fumam muita maconha (fumantes crônicos), podemos encontrar restos da substância, inclusive várias semanas depois de ter parado de usar a droga.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O QUE ACONTECE DEPOIS QUE A PESSOA FUMA MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte XI)

Quase imediatamente depois de inalar a maconha, a pessoa pode sentir, intoxicação, boca seca, batidas aceleradas do coração, dificuldades na coordenação do movimento e do equilíbrio, e reações ou reflexos lentos. Os vasos sangüíneos dos olhos se expandem, por isso ficam avermelhados.


Em algumas pessoas, a maconha aumenta a pressão sangüínea e pode até duplicar o ritmo cardíaco. Este efeito pode acentuar-se quando se mistura outras drogas com a maconha; algo sobre o qual nem sempre o fumante pode ter certeza do que é.


Depois de 2 ou 3 horas, a pessoa pode sentir muito sono.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

QUAIS SÃO OS EFEITOS DA MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte X)

Os efeitos da maconha dependem de:


  • O tipo de Cannabis e seu conteúdo de THC;
  • a forma de uso (se fume ou come);
  • a experiência e expectativas de quem a fuma;
  • o lugar em que se usa; e
  • se a pessoa está bebendo álcool ou usando outras drogas.

Algumas pessoas não sentem nada quando provam maconha pela primeira vez. Outras podem se sentir intoxicadas e/ou eufóricas (alegres).


É comum que as pessoas que usam maconha sintam grande interesse por estímulos visuais, auditivos ou sabor, que de outra maneira seriam comuns. Os eventos triviais podem parecer sumamente interessantes ou engraçados. O tempo parece passar muito lentamente e, às vezes, a droga faz com que a pessoa sinta muita sede e fome.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A MACONHA LEVA AO CONSUMO DE OUTRAS DROGAS?

Série sobre Maconha (Parte IX)

Os estudos a longo prazo de estudantes do secundário e seus modelos de uso de drogas, demonstram que poucos deles chegam a usar outras drogas ilegais sem haver usado primeiro a maconha. A maconha põe os jovens em contato com pessoas que usam e vendem não somente a maconha, mas também outras drogas. Neste sentido, sim; existe maior risco de que os jovens que usam maconha estão mais expostos e sofrem mais pressão para provar outras drogas. Entretanto, a maioria das pessoas que usa maconha não consome outras drogas ilegais.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

POR QUE OS JOVENS USAM MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte VIII)



As crianças e os adolescentes começam a fumar por muitas razões, entre as mais comuns são a curiosidade e o desejo de fazer parte de um grupo social. Os jovens que já fumam cigarros/ou bebem álcool, correm maior risco de provar a maconha.

A pesquisa também sugere que o uso de álcool ou das drogas entre os membros da família é outro fator importante. Os pais, avôs, e irmãos mais velhos são modelos que as crianças tendem a imitar.

Alguns jovens que usam drogas não têm uma boa relação com seus pais. Outros têm amigos que usam drogas e que os pressionam a prová-la e usa-la. Em outras palavras, todos os aspectos do meio no qual se desenvolve a criança (a casa, a escola, a vizinhança) são determinantes para a possibilidade de que prove as drogas.

As crianças que fumam muita maconha podem ficar dependentes dela; e esta é a razão principal pela qual a consomem. Outros mencionam aspectos emocionais que os levaram para as drogas, como a ansiedade, a raiva, a depressão, o tédio e outros. Isto apesar de que o uso da maconha não seja a resposta dos problemas da vida, ficar drogado é apenas uma forma de não enfrentar situações que apresentam um desafio.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

COMO POSSO SABER SE MEU FILHO ESTÁ USANDO MACONHA?

Série sobre Maconha (Parte VII)

Existem certos sintomas que podem ser percebidos. Aqueles que estão drogados com maconha podem:


  • Parecer estar meio tonto e com alguma dificuldade para caminhar;
  • parecer estar rindo exageradamente ou sem nenhuma razão ;
  • Olhos vermelhos e irritados; e
  • Dificuldade para lembrar como as coisas aconteceram.

Fato: a pesquisa mostra que quase 40% dos adolescentes provam maconha antes de terminar a escola secundária.


Quando desaparecem os primeiros efeitos, depois de algumas horas, a pessoa pode sentir muito sono.


Ainda que seja difícil distinguir nos adolescentes, os pais têm atentos para mudanças no comportamento deles. Devem tentar perceber se seu filho se afasta de todos, se está deprimido, se tem fadiga, se não cuida de sua aparência pessoal, se é hostil, ou se suas relações com familiares e amigos se deterioraram. Também pode haver mudanças no desempenho acadêmico, ausência escolar, menor interesse pelo esporte e por outras atividades favoritas, ou modificação nos hábitos alimentícios ou no sono. Tudo isto pode indicar o uso de drogas, ainda que não em todos os casos.


Os pais também devem estar pendentes de:


  • Coisas que possam indicar o uso de drogas, como cachimbos, ou papéis para enrolar cigarros;
  • o cheiro da roupa;
  • o uso de incenso e desodorante de ambiente;
  • o uso de colírios para os olhos;
  • que haja roupa, posters, jóias, etc., que promovam o uso das drogas.