domingo, 9 de novembro de 2008

Fumo passivo dá prejuízo anual de R$ 37 milhões

O Sistema Único de Saúde (SUS) e a Previdência Social gastam anualmente cerca de R$ 37 milhões com doenças e mortes causadas pelo tabagismo passivo. O dado consta da pesquisa Impacto do custo de doenças relacionadas ao tabagismo passivo no Brasil, realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a pedido do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A pesquisa, divulgada dia 30, tem como base gastos com o tratamento, no SUS, das mais de 2.600 pessoas não-fumantes que morrem anualmente, em todo o país, em conseqüência do fumo passivo, ou seja, da inalação constante de fumaça de cigarros fumados por outra pessoa. Apenas com esse tratamento, são gastos cerca de R$ 19 milhões.

Segundo o autor do estudo, o médico pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, as mortes dessas pessoas também causam um impacto anual de cerca de R$ 18 milhões à Previdência Social, com o pagamento de benefícios a dependentes dessas pessoas. Ele explica que entre as principais vítimas do fumo passivo estão aquelas que moram com fumantes.

´Uma vida saudável não combina com tabaco´, disse o médico. Para ele, não tem sentido saber de todos os males causados pelo consumo de cigarros e continuar expondo as pessoas à fumaça do tabaco.

´É melhor que a gente, num primeiro momento, evite fumar próximo de quem quer que seja, principalmente dentro de casa. E, num segundo momento, que comece a pensar seriamente em procurar ajuda para parar de fumar´, afirmou Araújo.

Entre os problemas que mais atingem os fumantes passivos estão as doenças cardíacas (como infarto do miocárdio), os acidentes vasculares cerebrais e o câncer de pulmão.

Fonte: Agência Brasil

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